O País – A verdade como notícia

O jornal O País mudou de imagem, para, agora, abraçar a modernidade. Assim, “o jornal ficou mais próximo do leitor”. As palavras que revelam convicção pertencem a Olívia Massango, Directora de Informação do grupo SOICO. 

Ao dirigir-se aos convidados no evento de carácter cultural que se realizou ontem, no hotel Glória, em Maputo, Massango informou que, além de mudar de imagem, o jornal O País, um dos produtos da SOICO, tem um novo layout e novo website, mais atractivo e que permite os leitores partilhar matérias com quem quiserem com muita facilidade e rapidez. A todo instante. Por isso, O País está mais perto dos seus leitores, pronto para captar os momentos de mudança para a modernidade. 
 

A cerimónia de celebração dos 15 anos de existência da Stv, realizada ontem, em Maputo, foi pretexto para o maior grupo privado de media em Moçambique (Soico) reposicionar-se no mercado, com o lançamento de novos produtos. O jornal O País passa a ter uma nova imagem, como se pode notar, e o site “opais.co.mz” também foi modernizado. Os conteúdos da Stv já podem ser assistidos na internet, em dispositivos móveis como celulares, tablets e computadores, através do aplicativo Stv Play.

Entre os convidados de honra, fez-se presente o antigo Presidente da República, Joaquim Chissano. Mas também estiveram empresários, diplomatas, com destaque para o embaixador da Espanha, figuras do desporto, tal é o caso do seleccionador nacional de futebol, Abel Xavier, e da antiga estrela da selecção nacional de basquetebol, Clarisse Machanguana, entre outras individualidades.

A história dos 15 anos foi contada pelo PCA do grupo Soico. Daniel David lembrou os grandes eventos e produtos que mudaram o paradigma de fazer televisão em Moçambique e apresentou a nova administração que lidera os processos de transformação. Trata-se de Sheila David, Olívia Massango e Jeremias Langa.

“Consciente da importância de estar na vanguarda em Moçambique e estar `in´ com os telespectadores, o grupo Soico decidiu mudar. E já vai algum tempo que estávamos a pensar neste mundo digital, mas a partir de agora vamos fazê-lo de corpo e alma na Stv, no jornal O País e na rádio Sfm”, anunciou Daniel David, tendo clarificado que a inovação faz parte do que chama “DNA” da Soico.

A partir de agora, os conteúdos da Stv passam a ser vistos na internet, através do aplicativo “Stv Play”.

Numa noite marcadamente cultural, as estrelas da música jovem moçambicana lançadas pela Stv através de vários programas de entretenimento, como Nelson Nhachungue, Valdemiro José, Deltino Guerreiro e Assa Matusse animaram os ilustres convidados.  

No seu estilo carismático, Joaquim Chissano dirigiu o brinde, desejando sucessos ao maior grupo privado de media: a Soico. “À saúde de todos os fãs da Stv, todos os leitores do ‘O País’ e à saúde de nós todos”, desejou Chissano.

A cidade de Quelimane parou este sábado para acolher o segundo concerto que marca o reencontro da Bang Entretenimento, alusivo aos 15 anos da Stv. Cor, luz e muita música ao vivo animaram a Marginal do “Pequeno Brasil”. Como retribuição, o público vibrou e cantou com os músicos no concerto a muito aguardado.

Tal como se previa, o espectáculo iniciou com a actuação de músicos locais, muitos dos quais foram influenciados por este grupo que desapareceu dos radares há 10 anos.

O momento mais aguardado pelos machuabos foi inaugurado pela antiga dupla Ziqo e Denny OG. Os dois, como é a tónica do concerto, resgataram os antigos êxitos. Músicas como “Teresinha” e “Casa dois” foram bastante aplaudidas pela assistência que lotou o espaço. Não era para menos, foram necessários 10 anos para este reencontro.

A seguir, com o seu estilo característico, subiu ao palco a Marllen. A Preta Negra não deixou seus créditos em mãos alheias. A sua roupa combinava com a actuação: um cruzamento entre a tradição e a modernidade. Foi por isso que para uma das espectadoras ela foi a artista que mais convenceu, sem com isso reduzir o potencial dos outros músicos.

Cantou-se também o amor. E porque a festa era do pandza a chuva repudiou a música romântica de Doppaz. Mesmo assim o público não se encolheu, cantou com o “king” como são os “Olhos sonhadores”

Para Valdemiro José esta festa tem dois perfeitos sentidos. O primeiro é o facto de a Bang alastrar o seu “reencontro” para outros cantos do país. O segundo, talvez o mais importante, é o facto de estar a cantar em casa. A performance de VJ foi ovacionada pelos seus conterrâneos. Claro, de forma alguma devia decepcionar naquele reduto. 
Lá para o fim, Lizha James e Dama do Bling deram o ar do seu “swaag”. As músicas que mostraram o lado irreverente das mulheres foram recordadas. Para os espectadores foi fantástico, tanto é que pedem outro concerto na celebração dos 16 anos da Stv. A festa que teve a parceria da Sétimo Nível terminou às… foi até quase raiar do sol.
Para o edil de Quelimane, Manuel de Araújo, apesar da chuva todos estiveram na Marginal a cantar e vibrar pela música moçambicana.

“Quelimane é mesmo assim, é festa, é carnaval, são festivais, é cultura. Por isso estou muito feliz, estão de parabéns os organizadores”, congratulou o edil.

A próxima festa do “Reencontro será na cidade de Nacala. A promessa foi feita por Jeremias Langa, em representação à Stv, televisão que completa em Outubro 15 anos, por isso estes espectáculos.

A cidade de Quelimane acolhe, hoje, o segundo show da Bang Entretenimento alusivo aos 15 anos da Stv.

O show vai decorrer na avenida da marginal, onde decorrem, neste momento, últimos detalhes para que o evento decorra sem sobressaltos na noite de hoje.

Importa referir que a Bang Entretenimento ressuscitou o pandza como presente para Quelimane. Para Bang, este trabalho justifica-se, porque não poderiam ir à Quelimane de mãos a abanar.

Qual é a cidade, excepto Maputo (por ser capital claro), onde a cultura ferve? Quem assumir Quelimane, com certeza, seleccionou a cidade certa. Ora, quem tiver dúvida, revisite os grandes espectáculos que se absteram da cidade capital e o local onde o carnaval é uma presença obrigatória, por isso é a mais conhecida por “Pequeno Brasil”.

Razões existem, até de sobra, para que a Stv leve a sua caravana do Espectáculo “Reencontro” para o centro do país. Este é o primeiro espectáculo alusivo aos 15 anos da televisão que se reedita. Percebe-se. Junta, afinal, nomes que inauguraram uma nova era, quando o assunto é entretenimento no país: Bang Entretenimento.

Mais do que uma label de sucesso, ainda que fora dos radares há 10 anos, foi inspirando muitos jovens em quase todo o país. As grandes lições deste colectivo extravasam a eficiência musical; roçam outros saberes ligados ao show bizz: o marketing, a imagem dos artistas, enfim, o novo paradigma da indústria cultural. E Quelimane não esteve alheio a essa influência. Uma das provas é que Valdemiro José (filho legítimo do “Pequeno Brasil”) foi um dos membros da Bang (não o promotor) e teve neste grupo as lições que precisava para se fazer artista, comprometido mais com a música do que outra coisa. Mas recorde-se que o seu pontapé de partida deu-se no realiyt show da Stv, onde uma lista extensa de músicos de sucesso também emergiu. Logo, nesses 15 anos de vida, a cultura sempre respirou na tela mágica desta televisão.

Os artistas juntaram-se, ontem, uns em Maputo e outros em Quelimane, para falar do evento. Em Maputo, a Conferência de Imprensa foi conduzida por Bang, quem garantiu que o palco, as luzes, o som, a produção e toda técnica usada no mítico concerto do dia 5 em Maputo vai viajar a Zambézia. Para o promotor, mesmo assim, este concerto se prevê melhor. A razão é simples: os erros do espectáculo anterior serão suplantados pela boa limpeza na organização.

Os artistas admitem em uníssono que vai ser um grande espectáculo, pois prometem muito mais do que ofereceram em Maputo. Este evento, ainda que de forma inocente, vem confirmar o lema dos jovens: “Bang Entretenimeno for life”. Aliás, é por isso que a cada intervenção a frase atropelava o raciocínio. E pelos sorrisos e alto-astral dos artistas, certeza há que o anterior espectáculo foi do agrado deles.

“O governador e o Município nos gabinetes, Sétimo Nível na rua” (risos). Essas são as palavras de Dinho Puro, o co-produtor deste espectáculo. Como anfitrião o agitador das noites daquele lado do país diz ser uma honra receber a família Bang Entretemimento numa altura de festa em Quelimane. Os 75 anos celebrados ontem não teriam melhor presente.

Ziqo e Lizha James eram os únicos ausentes da conferência. Não desistiram do evento, muito pelo contrário. Eles juntaram-se aos artistas de Quelimane e de lá, quase ao mesmo tempo, aconteceu outra Cerimónia de Imprensa. Os artistas estiveram em Quelimane para primeiro dar certeza ao público de que a festa realmente vai acontecer, como também para encontrar os músicos locais. Logo, este evento será também uma oportunidade para que os músicos conceituados partilhem a experiência que os 10 anos forjou com os mesmos.

Alguns presentes na conferência agradeceram a Bang Entretenimento pela oportunidade e prometem muito e bom espectáculo.

Antes do concerto iniciar, mesmo com a chuva a ameaçar, a expectativa era grande e cada um justificava quem lhe tinha tirado de casa: “Valdemiro José, Grace Évora, Stewart Sukuma”, chutavam os espectadores a atravessarem a entrada do Coconuts.
“Estamos aqui para curtir”, disse uma das espectadoras, acompanhada da amiga. Nada impediu que a festa acontecesse. Quando eram precisamente 22h00, exactamente a hora prevista, o microfone soou. Não era ainda a hora dos músicos, mas era indispensável alguma apresentação (e animação pelo meio) por parte do mestre-de-cerimónias. Nesse quesito, a Stv não podia ter apostado noutra pessoa, senão Emerson Miranda. Com o seu jeito peculiar, moldado ao longo dos 15 anos, o Big Boss tratou de sacudir o cepticismo que a temperatura provocava naqueles que arriscaram pela pontualidade.
O apresentador só precisou de 20 minutos para carimbar a sua marca no evento. Depois, sem ninguém acreditar, Valdemiro José – moldado num dos produtos da Stv – subiu ao palco e perguntou: “Quem essa mulher?”. Assim começava o concerto que inaugura as celebrações dos 15 anos do canal televisivo. A música eleita para as boas-vindas foi a que teve participação de Matias Damásio, por isso, talvez, uma boa recepção.
“Eu vou a South Africa” foi a música a seguir, a que prometeu estrear no evento. Cumprido. Cumpriu também com a evolução da sua carreira, resgatando dos seus quatro álbuns os melhores trunfos. A sua actuação passeou entre ritmos tropicais e tradicionais; dança e batucadas agitavam a plateia ainda tímida.
Ao mesmo tempo, o quelimanense revisitou o êxito de Camal Jivá, como que a mostrar que para ser um bom músico é necessário que haja um bom ouvido. As batidas dos K10 também fizeram parte da sua exibição – uma homenagem, diga-se, a uma das maiores bandas de sempre.
“Papa Muroga” não podia faltar no cardápio. A música foi executada com a mestria necessária, afinal era para encerrar com chave de ouro a sua espinhosa prestação. Micas Cabral tornou a música duplamente animada. Ainda que breve, foi a segunda vez que os dois dividem o palco.
Era uma actuação propositada, pois era para se apoderar do rectângulo e dos instrumentistas moçambicanos. Sim, Micas não esteve acompanhada da sua banda – os Tabanka Djaz – mas seu potencial foi suficiente para reencarnar a banda.
Já nessa altura, na altura do “Isso é bom”, o Coconuts começava a ficar farto de gente. E já se previa que a chuva ia perder este jogo por 15 bolas a zero.
Antes de cantar a música que todos queriam ouvir, deu uma volta ao último álbum de Matias Damásio. A justificação é simples e fez questão de partilhar: rende-se ao poder de composição do angolano. E ele não é o único, os moçambicanos também se rendem por isso vibraram com a voz do artista.
Na última música, não houve quem não dançou. Aliás, os que não dançaram optaram por cantar com o guineense. Ele despediu-se com “Foi assim”, mas a vontade era ali continuar. Num dos momentos do show disse ter tido impressão do tempo ter voado. Mas antes da sua tristeza cair por terra, VJ, como que a retribuir a sua generosidade, voltou ao palco para queimar os últimos cartuchos da música mais bem conseguida dos Tabanka Djaz. Os dois, numa brincadeira típica desses eventos, dividiram o público em duas partes e formaram as suas equipas. O grupo que cantasse mais alto vencia a aposta. Sem se apurar o legítimo vencedor, todos voltaram a cena e seguiram o coro até os dois sumirem do palco.
Já eram 23h30… seguiram-se alguns minutos de arrumação do palco. A seguir, gritos e aplausos vinham de todas as partes. Assim o público recebia uma das vozes que não passa despercebida quando o assunto é música dos PALOP: Grace Évora.
A sua actuação parecia comandada por um DJ, mas não… a banda, caprichosamente afinada, trocava de música e ele, com a voz bem apontada, dava certeiros golpes aos que acompanhavam sua música. Outros, aos pares, preferiram riscar o chão. Não houve uma música sequer que não foi aplaudida com toda e devida força.
Stewart Sukuma foi o último a subir ao palco. O músico preferiu seguir com a sua banda: Nkhuvu. O nome da banda, curiosamente, significa festa. Foi o que houve. A moçambicanidade voltou ao palco, já representada pela marrabenta. Com a sintonia que acostumou seus fãs, Stewart e a sua fiel banda conduziram o espectáculo até aos últimos momentos.
E porque Stv é o retrato de Moçambique, o artista com uma estrada de 35 anos juntou-se aos outros três para exaltar o potencial cultural do país e desta forma deram-se os primeiros passos rumo aos 15 anos da STV.
No final, os músicos disseram que foi uma festa bonita porque o público esteve presente e reagiu positivamente ao concerto. Os quatro escolhidos para inaugurar essas celebrações agradecem a Stv pelo convite e pelos 15 anos, desejando muita força e mais eventos do género.

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