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Falta de financiamento dificulta produção de peixes em gaiolas na Zambézia

O governo já investiu perto de quatro milhões de meticais para aquisição de materiais de construção das gaiolas, mas para adquirir alevinos e criar naquelas gaiolas são necessários mais de dois milhões de meticais.

A falta de financiamentos para aquisição dos alevinos pode comprometer as metas desenhadas para a província da Zambézia em termos de produção de pescado por vias de gaiolas flutuantes.

Os distritos de Mopeia, Mocuba e Maganja da Costa, na Zambézia, são as zonas onde está a decorrer o fomento, em fase piloto. Produção de peixe em cativeiro é uma alternativa à pesca extractiva.

Zambézia quer ser referência a nível nacional em termos de cultivo de peixe em gaiolas flutuantes, mas a falta de financiamento para dinamizar a aquisição dos alevinos para povoar as gaiolas constitui grande entrave, neste momento, de acordo com produtores que falaram ao Jornal O País.

Com o total de 250 gaiolas espelhadas um pouco pelos quatro distritos da província devidamente povoados, cada uma iria produzir pelo menos 900 quilogramas de pescado por cada ciclo de cultivo que chega a durar seis meses.

De acordo com Amândio Mandara, chefe do departamento provincial de promoção e desenvolvimento de pesca e aquacultura na direcção provincial da agricultura e pesca da Zambézia, o projecto foi concebido em Março do ano passado, com um horizonte de produção de 225 toneladas por cada ciclo de produção que é de um ano.

A fonte reconhece a preocupação levantadas pelos produtores de peixe através de gaiolas flutuantes nesta fase piloto. Diz que o governo está a fazer tudo para que seja garantida a aquisição dos alevinos. Das 250 gaiolas flutuantes, de acordo com a fonte, neste momento só 20 estão povoada.

“Estamos a nos debater com a falta de alevinos. Ao nível da província não existe a capacidade necessária. Temos um produtor apenas localmente, mas que nesta fase ainda não tem capacidade de fornecer aos criadores a quantidade necessária” disse.

A fonte fez saber ainda que a província precisa de 390 mil alevinos e a capacidade interna de produção por parte do referido fornecedor é muito abaixo dos 50 mil. A falta de financiamento é apontada como o grande entrave para o desenvolvimento da actividade.

A falta de alevinos e ração condicionam o desenvolvimento da aquacultura no país. Segundo apuramos é quase impossível desenvolver aquacultura justamente por falta de financiamentos. Investimentos internos e exteriores são necessários para alavancar a criação de peixe em gaiolas.

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