Dois funcionários, por sinal inspectores da INAE, foram processados disciplinarmente no ano passado, acusados de envolvimento em actos de corrupção. Os nomes dos funcionários em causa não foram revelados, porém consta que os mesmos extorquiam valores monetários a agentes económicos com destaques para proprietários de estabelecimentos comerciais.
O processo em causa chegou à inspecção provincial das actividades económicas através de várias denúncias de agentes económicos baseados em Quelimane, onde os referidos inspectores procuraram, sem sucesso fazer, a extorsão. De acordo com Lourenço Jaime, delegado da instituição na Zambézia, para averiguar a situação, um júri independente foi criado e já está a investigar, tendo inclusive detectado a existência de indícios bastantes do cometimento deste crime.
E porque os visados nunca se envolveram em actos do género, o júri decidiu tomar medidas de repreensão pública. "A Repreensão pública está preconizada no estatuto dos funcionários e agentes do estado e constitui pena inicial em função da gravidade do assunto sobre tudo para aqueles que pela primeira vez cometem actos que não se coadunam com a função pública".