A Direcção Nacional de Identificação Civil (DNIC) decidiu instaurar processos que culminaram com a expulsão de dois funcionários a nível da província de Maputo, suspeitos de envolvimento em esquemas de cobranças ilícitas aos interessados em obter o Bilhete de Identidade (BI).
O episódio que despoletou a decisão aconteceu recentemente no distrito da Namaacha, onde os residentes, vítimas das cobranças, ganharam coragem e denunciaram a prática.
Nas denúncias feitas, no comício havido por ocasião da visita do primeiro-secretário do partido Frelimo, alguns residentes disseram que as cobranças feitas variam de 250 a 1000 meticais.
Mesmo depois de oferecer a gorjeta, os cidadãos interessados ficam meses até mesmo anos à espera de um BI que nunca chegava a sair. Os que não desembolsam os valores exigidos ficam na contingência de se deslocar até ao vizinho distrito de Boane (cerca de 40 quilómetros), para tratar da documentação de identificação.
Em reacção à recente denúncia, o porta-voz da Direcção Nacional de Identificação Civil, Alberto Sumbana, disse que o comportamento dos funcionários visados além de manchar o nome da instituição é recorrente, daí que a medida tomada foi iniciar processos disciplinares contra eles.