A Confederação das Associações Económica de Moçambique (CTA) e o Clube de Negócios France-Moçambique assinaram, ontem, em Maputo, um memorando de entendimento que define e estabelece os termos e condições que irão orientar o relacionamento entre as duas organizações de cariz empresarial.
Através do memorando, as partes vão promover intercâmbios entre empresários dos dois países, troca de informações e apoio na organização de exposições, feiras comerciais, entre outros eventos de interesse mútuo. O documento foi rubricado pelo director executivo da CTA, Eduardo Sengo, e a directora-geral do Clube de Negócios France-Moçambique, Audrey Vallet.
Falando no fim da assinatura, o vice-presidente da CTA, Castigo Nhamune, explicou que o acto vai fortalecer a relação entre o empresariado dos dois países.
“Comprometemo-nos a promover o intercâmbio de missões comerciais e apoiar a preparação e organização de programas de negócios de delegações visitantes”, disse Nhamune, anotando que a França é um parceiro estratégico para a CTA, assim como para o país em geral.
“Através da parceria que firmamos hoje, marcamos uma nova etapa nas relações entre estes dois países e reiteramos o desejo e compromisso da França em trabalhar arduamente em prol do desenvolvimento do sector privado em Moçambique por meio do fortalecimento do associativismo”, disse o Bruno Clerc, embaixador da França em Moçambique.
Clerc acrescentou que o instrumento reflectir-se-á de forma pragmática no empresariado moçambicano quer por meio de programas de partilha ou transferência de conhecimentos que o Clube está a desenvolver, quer pela organização de eventos.
De referir que a manifestação do interesse foi revelada durante a última visita à CTA, em Setembro do ano em curso, do embaixador francês, onde mostrou-se disponível à ajudar Moçambique a resgatar a confiança junto dos investidores estrangeiros e dos parceiros económicos, após a suspeição de ajudas devido à descoberta de dívidas ocultas.
A frança investiu 22 milhões de dólares americanos no grupo MAEVA situado no país e que dedica-se ao fabrico e venda de géneros alimentícios e de higiene e limpeza produzidos, essencialmente, a partir de oleaginosas. Para além de abastecer o mercado interno, tem estado a produzir também para exportação para o Madagáscar, Burkina Faso e Tanzânia.