Trinta e quatro refugiados do Burundi foram mortos, na sexta-feira, por militares da República Democrática do Congo, na província congolesa de Kivu do Sul, afirmou Waquara Yunusi, comandante do batalhão paquistanês da missão de paz da ONU na RDCongo, citado pelo SAPO24.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, e o governo do Burundi, pedem às autoridades de Kinshasa que seja realizada uma investigação sobre a morte dos 34 refugiados.
Segundo Yunusi, 15 das 34 vítimas mortais eram mulheres.
De acordo com a Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo, a morte de um oficial congolês terá desencadeado os disparos contra crianças, mulheres e homens requerentes de asilo.
A reeleição do presidente Pierre Nkurunziza, em Julho, empurrou o Burundi para uma crise política que tem sido marcada por acções violentas que já causaram entre 500 e 2000 mortos, segundo dados da ONU.
Mais de 400 mil burundineses abandonaram o país, dos quais cerca de pelo menos 36 mil procuraram abrigo na República Democrática do Congo.