O Governo moçambicano investe, por ano, cerca de 100 milhões de dólares para a expansão da rede eléctrica do país. Dos 100 milhões de dólares investidos, 70% é disponibilizado pelos parceiros de cooperação. Esta informação foi revelada pelo director Nacional de Energia, Pascoal Bacela, ontem, durante a reunião entre o Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) e os parceiros de cooperação. Pascoal Bacela reiterou que deste valor não está contabilizado o apoio directo a alguns projectos específicos.
“Estamos a investir cerca de 100 milhões de dólares ao ano para a expansão da rede eléctrica nacional e 70% por cento deste valor resulta daquilo que são os apoios dos nossos parceiros. Há apoios que vão directo para projectos específicos, que não estão inclusos nesta percentagem, como é o caso da construção das centrais que estão em construção, mais precisamente a central solar de Mocuba e a central termoeléctrica de gás natural em Maputo”, explicou Bacela.
Actualmente 26% da população moçambicana tem acesso à energia da rede eléctrica nacional e o alargamento desta percentagem faz parte dos desafios do MIREME, apontados por Letícia Klemens, titular do pelouro.
“Ainda temos muitos desafios por superar, nomeadamente a expansão da energia para todos os moçambicanos até 2030, a luz da iniciativa das Nações Unidas, de garantir o acesso universal dentro deste universo temporal, o melhoramento das estruturas de energia para impulsionar o sector da agricultura, dos transportes e da indústria”, disse Letícia Klemens.
A reunião anual com os parceiros do MIREME tem como objectivos identificar e avaliar os projectos que foram desenvolvidos e sugerir novas áreas de actuação. Klemens afirmou ainda que é da vontade do Governo continuar a trabalhar com os parceiros.
Ao todo são 26 parceiros de cooperação que estão divididos em dois grupos. O primeiro, que engloba 17 parceiros, lida com as questões de energias e o segundo ocupa-se do sector de recursos minerais, mais especificamente na indústria extractiva.