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Moçambique e África do Sul assinam Plano de Acção para reforço do turismo

Moçambique e a África do Sul deram esta quinta-feira, um passo na consolidação da cooperação turística entre os dois países, ao assinarem em Maputo, um Plano de Acção para o sector do turismo. O documento estabelece medidas estratégicas para facilitar a mobilidade de visitantes, incentivar investimentos conjuntos, promover iniciativas de marketing regional e fortalecer a integração económica entre as duas nações.

A assinatura do plano coincide com o lançamento oficial da Época Alta e da Quadra Festiva 2025/2026, período em que se regista o maior movimento turístico do ano e que é considerado vital para a dinamização da economia local, sobretudo nos sectores de hotelaria, restauração, transportes e comércio.

Segundo os dados apresentados durante o encontro, neste ano,  houve mais de 2,6 milhões de turistas a circular entre Moçambique e África do Sul. Destes, 1,6 milhões visitaram a África do Sul, contribuindo com pelo menos 4,2 mil milhões de randes para a economia sul-africana. Moçambique recebeu cerca de 1 milhão de turistas sul-africanos, mantendo a África do Sul como um dos principais mercados emissores de turistas para o país. Estes números evidenciam o crescente dinamismo do turismo regional e o potencial económico de iniciativas conjuntas, segundo o governo moçambicano.

O ministro da Economia, Basílio Muhate, sublinhou que o plano de acção representa um compromisso mútuo para o desenvolvimento sustentável do turismo, reforçando a cooperação bilateral e promovendo a mobilidade regional.

“Este plano vai estimular o progresso mútuo do turismo e reforçar a atracção de visitantes, sobretudo durante a época alta que hoje lançamos em Maputo. Acreditamos que, com estas medidas, será possível ampliar o fluxo de turistas, gerar mais oportunidades económicas e fortalecer a integração regional, por isso assinamos este plano de acção”, afirmou Muhate.

Durante a cerimónia, foi destacado ainda o investimento sul-africano na Ilha de Santa Carolina, em Inhambane, um projecto considerado estratégico para diversificar a oferta turística moçambicana e atrair visitantes internacionais. O investimento, avaliado em 102 milhões de dólares, permite o desenvolvimento de infraestruturas de qualidade e a criação de novos produtos turísticos que promovam a cultura, o lazer e a natureza do país.

A ministra do Turismo da África do Sul, Patricia de Lille, reforçou a importância da mobilidade turística entre os dois países e o impacto económico obtido até agora.

“Na África do Sul, recebemos 1,6 milhões de visitantes de Moçambique, contribuindo com pelo menos 4,2 mil milhões de randes para a economia. Também sabemos que quase 1 milhão de sul-africanos visitou Moçambique neste período. Continuamos a investir em marketing e promoção entre os dois países e convidamos todos os sul-africanos e moçambicanos a conhecerem os nossos destinos turísticos,” disse De Lille.

Para intensificar ainda mais o fluxo de turistas, os dois países estudam a extensão do período de estadia, que poderá passar dos actuais 30 para 90 dias. A medida visa facilitar viagens prolongadas, incentivar o turismo de proximidade e permitir que os visitantes explorem mais destinos dentro de cada país.

De Lille acrescentou que a África do Sul tem em curso oito projectos de infraestruturas turísticas, avaliados em mais de um bilião de randes, e que espera complementar esses investimentos com novas parcerias e colaborações com Moçambique. Estes projectos incluem a construção e modernização de hotéis, resorts, marinas e centros de entretenimento, visando atrair turistas de alto poder aquisitivo e consolidar a região como um destino de excelência na África Austral.

O Plano de Acção assinado esta quinta-feira, representa, segundo os responsáveis, uma rota estratégica para dinamizar o turismo regional, atrair mais visitantes e expandir oportunidades económicas. 

A expectativa é que, com esta iniciativa, ambos os países possam não apenas aumentar o fluxo de turistas, mas também desenvolver projetos de turismo sustentável, criar empregos, fortalecer a integração regional e impulsionar o crescimento económico.

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