A Frelimo expressou, esta quarta-feira, o seu "choque e mais profundo pesar" pela "inesperada notícia da morte" de Marcelino dos Santos, aos 90 anos, considerando o “camarada” e veterano da Luta de Libertação Nacional um dos melhores quadros do partido.
“De corações destorcidos estamos aqui perante o teu corpo inerte para em nome dos mais de quatro milhões de membros da Frelimo te rendermos a última homenagem. Partiu-se o nosso vaso de cristal e a história nos pede para recolhermos os pedaços e continuarmos a marcha com um horizonte de esperança, incrédulos de que nunca mais voltaremos a ouvir os teus conselhos, sempre correctos”, expressou o SG da Frelimo.
O discurso lembra que dos Santos sempre manteve vivos os valores e princípios que muito defendeu.
“Princípios centrados na luta pelo bem-estar do povo, princípios que nos mantém hoje com o prestígio de sermos a maior força política em Moçambique e um dos partidos de referência em África e no mundo. Quando em 1962, junto de Eduardo Mondlane, Joaquim Chissano, Feliciano Gundana, Alberto Chipande, Pascoal Mocumbi e tantos outros nacionalistas moçambicanos fundaste a FRELIMO, no culminar de uma longa marcha iniciada em Lumbo, continuada na então Lourenço Marques, depois em Lisboa, em França e em outras latitudes, estavas a plantar a árvore da liberdade, estavas a abrir o caminho para a edificação da pátria e afirmação da nossa moçambicanidade”, lembrou Roque Silva.
Recordando ainda que Marcelino dos Santos foi um amante do desporto e ajudou atletas, como Lurdes Mutola e outros a despontarem.