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Moçambique regista mais de 17 mil mortes por cancro anualmente

Mais de 17 mil pessoas morrem por ano no país, vítimas de cancro. O número faz parte do universo de 26 mil casos registados no território nacional. Trata-se de uma doença que é a segunda causa de morte em indivíduos com idades compreendidas entre 15 e 49 anos de idade e a primeira, em indivíduos acima de 50 anos.

O número de mortes por cancro no país é elevado. Os tipos mais comuns da doença são: do colo do útero, da mama, da próstata e do sarcoma de kaposi.

Os dados foram partilhados pelo secretário permanente do Ministério da Saúde, Ivan Manhiça, na Reunião Nacional do Programa do Controlo do Cancro. 

Segundo Ivan Manhiça, estima-se que ocorram anualmente, no país, mais de 17 mil mortes por cancro, de um universo de 26 mil casos da doença.

Estudos recentes, realizados em Moçambique, revelam que, com um peso de cerca de 8 por cento, o cancro é a segunda causa de morte em indivíduos com idades compreendidas entre 15 e 49 anos de idade e a primeira, em indivíduos acima de 50 anos.

Ivan Manhiça, que falava nesta quinta-feira, alerta que a falta de rastreio dos vários tipos de cancro está entre as principais causas de morte.

“O desconhecimento das manifestações clínicas e a não procura regular e antecipada dos serviços de saúde para o rastreio estão entre as causas do diagnóstico tardio da doença, o que resulta, muitas vezes, em perda de vidas humanas”, destacou Manhiça.

Para evitar o alastramento e vítimas mortais, estão a ser levadas a cabo campanhas a nível nacional.

“Queremos destacar, de entre as diversas acções para mitigar o impacto do cancro, as seguintes: a expansão da rede sanitária, especificamente a abertura de unidades sanitárias onde já funcionam serviços de rastreios relacionados ao cancro, formação de sub-especialistas, concretamente nas áreas de oncoginecologia, cancro da cabeça e do pescoço, cancro do colo retal e a vacinação de raparigas de 12 a 18 anos de idade.”

Na ocasião, a directora de Saúde no MISAU partilhou a data do plano que já está  em vigor. “Este plano foi desenvolvido por um período de 10 anos, isto é, de 2019 até 2029.”

No mundo, prevê-se que até o ano de 2040 o número de casos da doença registados aumente em cerca de 30 milhões, e o de mortes, em 16 milhões.

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