A ministra dos Combatentes, Nyeleti Mondlane, e o general na reserva, Alberto Chipande defenderam nesta segunda-feira, em Maputo, que a unidade nacional, o resgate do carácter e a independência económica são condições essenciais para a superação dos desafios actuais de Moçambique.
As declarações foram feitas durante o Primeiro Simpósio sobre a Luta de Libertação e os Caminhos para a Independência, promovido pela Fundação Alberto Joaquim Chipande, evento que reuniu figuras históricas, académicos, jovens e empresários para reflectir sobre o passado, presente e futuro do país.
“A unidade nacional é determinante para o progresso de Moçambique. Só juntos podemos construir uma nação forte e economicamente independente”, afirmou Nyeleti Mondlane, sublinhando que a luta de libertação não terminou em 1975, mas continua hoje sob outras formas.
Na mesma linha, o general Alberto Chipande, uma das figuras centrais na Luta Armada pela Independência, advertiu que o novo inimigo do país não se apresenta com armas, mas infiltra-se “na forma de corrupção, egoísmo e desvio do bem comum”.
“O serviço público não pode continuar a ser um balcão de negócios. É uma questão de honra nacional lutar contra a corrupção e pela libertação económica e moral da nossa sociedade”, declarou Chipande, apontando o resgate de carácter e disciplina como condições essenciais para o verdadeiro desenvolvimento.
Já Fernando Couto, classificou a independência económica como uma “emergência nacional”, realçando a necessidade de criar condições para que os jovens sejam incluidos no processo.
Por sua vez, o secretário-geral da Organização da Juventude Moçambicana (OJM), Constantino André, assumiu o compromisso da juventude em continuar a luta contra a corrupção e o favoritismo, assegurando que os ideais da geração de libertadores não serão esquecidos.
O evento contou com três painéis temáticos dedicados à história da luta de libertação, ao papel das instituições e às estratégias para a construção de um futuro mais justo e sustentável para Moçambique.