O Presidente da República dirigiu as cerimónias centrais dos 130 anos dos Caminhos de Ferro de Moçambique. Na Cidade de Maputo, Daniel Chapo afirmou que, nesta terça-feira, o país celebrava uma marca que orgulha os moçambicanos
Quem passou pela Praça dos Trabalhadores, hoje à noite, na Baixa da Cidade de Maputo, viu uma combinação de cores invulgar. Não obstante, com o destaque para o verde, marca visual dos Caminhos de Ferro de Moçambique. Nada ao acaso. Na verdade, o espectáculo visual foi uma das formas encontradas pela empresa para celebrar os seus 130 anos de existência.
A cerimónia central de mais um aniversário dos Caminhos de Ferro de Moçambique, com efeito, contou com a presença do Presidente da República. No seu discurso, Daniel Chapo chamou a atenção de todos para uma aventura virtual pelo séc. XIX, altura em que a empresa foi criada na então Cidade de Lourenço Marques.
Por conseguinte, Daniel Chapo sublinhou que a empresa Caminhos de Ferro de Moçambique é um marco cujos feitos ultrapassaram a imaginação dos moçambicanos na altura em que se tornou nacional. Para o Presidente da República, a empresa conseguiu entrar para o domínio do orgulho dos moçambicanos.
Falando a uma audiência igualmente constituída pelos antigos chefes de Estado, Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Filipe Nyusi, Daniel Chapo afirmou que há 130 anos construiu-se, na actual Cidade de Maputo, uma estrada do progresso, com promessas de modernidade que se tornaram, nas mãos dos moçambicanos, instrumentos de coesão social, de cidadania e afirmação nacional. Por isso mesmo, “Festejamos a capacidade de resistir, de transformar e de fazer o futuro”.
Para o Presidente da República, a história dos Caminhos de Ferro confunde-se com a de Moçambique. “Muitas das nossas cidades surgiram à volta das estações ferroviárias. Os CFM tornaram-se a espinha dorsal de economia, de cultura, de sonhos e de desenvolvimento”.
Finalmente, Daniel Chapo chamou considerou pertinente a preservação dos CFM, porque constitui símbolo de esperança, resistência e revolução.
PAPEL DOS CFM NA LOGÍSTICA
Intervindo na cerimónia desta terça-feira, o ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, considerou que, volvidos 130 anos, o país celebra as realizações dos CFM reflectindo sobre o papel estratégico do transporte ferroviário na logística do país e da região.
Ontem, João Matlombe reiterou a determinação do Governo em tornar os transportes ferroviários mais competitivos, em sintonia com o compromisso relacionado à agenda transformacional. Tal compromisso, reiterou, está associado a mais dinâmica e competitividade. Assim, acrescentou, será viável a consolidação de parcerias capazes de tornar as infra-estruturas mais eficientes e alinhadas com programas de desenvolvimento.
CFM: SÍMBOLO DE MEMÓRIA COLECTIVA
Ao intervir na cerimónia central de celebração dos 130 dos Caminhos de Ferro de Moçambique, o presidente do Município de Maputo, Rasaque Manhique, referiu que a instituição não é apenas uma empresa de transporte, mas símbolo de memória colectiva de Moçambique e integração social ao nível regional.
Para o edil Maputo, a empresa Caminhos de Ferro de Moçambique é um motor da economia nacional, pois liga pessoas e culturas do país, e ainda concorre para o conhecimento das cidades nacionais. Também por isso, destacou, “Celebrar os 130 anos dos Caminhos de Ferro de Moçambique é, igualmente, celebrar a resiliência, a inovação e o compromisso com o futuro”.
Segundo Rasaque Manhique, orgulha a capital do país acolher parte significativa da infra-estrutura, pois Maputo deve muito aos CFM, aos operários e engenheiros que promovem o progresso urbano.
“Reiteramos o compromisso de continuarmos a ser parceiros dos CFM para a construção de uma mobilidade urbana que contribua para inclusão social”, finalizou.