O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diz que o seu governo vai enviar cartas, provavelmente a 12 países, com os quais não chegou a um acordo comercial, para notificá-los das tarifas que pretende impor. As cartas serão enviadas na segunda-feira.
Donald Trump vai enviar cartas a uma dúzia de países notificando-os dos direitos aduaneiros, que pretende aplicar à entrada dos respectivos produtos nos Estados Unidos, e espera que os países que vierem a ser abrangidos estejam totalmente cobertos e notificados até 09 de Julho, data em que termina a trégua de 90 dias após a qual imporá os chamados direitos recíprocos.
O Governo norte-americano vai começar a cobrar esses direitos a partir de 01 de Agosto.
“Minha inclinação é enviar uma carta a dizer qual tarifa eles vão pagar. É muito mais fácil. Temos, sabe, muito mais de 170 países. E quantos acordos vocês podem fazer? E vocês podem fazer bons acordos, mas eles são muito mais complicados. Eu preferiria, e tenho sido assim desde o começo, enviar uma carta dizendo que é isso que vocês vão pagar”, disse o Presidente norte americano.
Trump disse que as taxas que irá propor nessas cartas variam entre 60 a 70% e 10 a 20%, e que serão mais elevadas, em alguns casos, do que as que anunciou a 02 de Abril, que apelidou de “Dia da Libertação”.
O Presidente recusou-se a especificar quais países ou regiões vão receber essas cartas na segunda-feira, mas disse que iria revelar os destinatários nesse dia.
Entretanto, o grupo dos 11 principais países emergentes, incluindo o Brasil, a China, a Índia, a Rússia e a África do Sul, vai reunir-se no domingo e na segunda-feira na Baía de Guanabara, Brasil, para denunciar a guerra comercial lançada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, com a imposição de tarifas, mas sem nomear directamente os Estados Unidos.
O encontro será liderado por Luíz Inácio Lula da Silva e sem as presenças de Xi Jinping e Vladimir Putin.
O bloco é formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e integra agora a Arábia Saudita, o Egipto, os Emirados Árabes Unidos, a Etiópia, o Irão e a Indonésia.