O Presidente da República, Daniel Chapo, defendeu, na tarde desta quarta-feira, no Estádio da Machava, Província de Maputo, que o 25 de Junho deste ano é uma oportunidade para os moçambicanos pensarem o país, tendo em consideração a reflexão que importa sobre o passado, a avaliação do presente e a projecção do futuro.
De acordo com o Presidente da República, a presença no Estádio da Machava, onde a independência nacional foi proclamada a 25 de Junho de 1975, pelo primeiro Chefe do Estado, Samora Machel, constitui uma tentativa de renovação da esperança dos jovens e das crianças, de modo que sejam capazes de prosseguirem com a marcha da independência económica.
No seu discurso, Daniel Chapo lembrou os que, nos difíceis anos de opressão colonial, juntaram-se para libertar a terra e os homens. “Curvamo-nos diante dos nossos heróis, principalmente dos veteranos da luta de libertação nacional”.
Entre os heróis da luta de libertação nacional, Daniel Chapo enalteceu as contribuições dos anteriores presidentes da República, Samora Machel, Joaquim Chissano, Armando Guebuza, Filipe Nyusi, e das suas respectivas famílias na construção do país.
De igual modo, o Presidente da República agradeceu a Tanzânia pelo apoio incondicional na luta armada de lbertaçao nacional, o que se revelou decisivo no processo que custou 10 anos de combates.
Para Chapo, a independência nacional não teria sido possível sem o apoio diplomático e a vários níveis prestado pelos tanzanianos, que correram muitos riscos ao abrigarem no seu território a FRELIMO. Também por isso, quando Moçambique ficou independente, desde a primeira hora, apoiou os países vizinhos, como o Zimbabwe e África do Sul. “Sempre acreditamos que a nossa independência não faria sentido se os outros povos do mundo fossem oprimidos. Por isso nos sentimos honrados pela liberdade dos outros países”, disse o Chefe do Estado, pedindo, de seguida, uma salva de palmas a Emmerson Mnangagwa, presente no Estádio da Machava.
De acordo com Daniel Chapo, Moçambique tem registado avanços significativos, com esforço de transformar a riqueza do país em riqueza humana. Inclusivamente, Chapo lembrou que os moçambicanos reduziram o índice de analfabetismo, em 50 anos de independência, e expandiram o ensino a todos os níveis.
Ainda assim, admitiu o Chefe do Estado, o país enfrenta vários desafios. Pelo que cada moçambicano deve questionar sobre que Moçambique quer daqui para frente, inserido no ambiente de paz e com união, estabilidade, reconciliado a dominarem uma aspiração que seja capaz de erradicar o crime organizado, o tráfico de drogas e outros males. Assim, entende o Chefe do Estado, será possível a gestão transparente dos recursos naturais.
Daniel Chapo lembrou que a paz se constrói todos os dias, com responsabilidade, e defendeu que cada um tem de ter vergonha de ser corrupto ou corruptor.