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Chapo desafia jovens empresários a investir na produção local 

O Presidente da República desafiou os jovens empresários a investir na produção local, transformação de matéria-prima e a exportar produtos acabados, como forma de alcançar a independência Financeira. Daniel Chapo falava, hoje, durante a abertura da Conferência de jovens empresários.

A juventude reuniu, nesta quinta feira, empresários, Académicos, Políticos e sociedade civil, para debater o seu papel na consolidação da independência económica, 50 anos depois de alcançar a independência, facto que coincide com os 13 anos de criação da Associação dos Jovens empresários de Moçambique (ANJE).

Na sua intervenção, o Chefe do Estado reconheceu os ganhos obtidos desde 1975, mas  advertiu que “a liberdade económica continua a ser um grande  desafio”, sublinhando que a nova geração tem o dever de vencer o  subdesenvolvimento e transformar os recursos nacionais em progresso  e dignidade.

“O desafio da nossa geração não é de sobreviver, é de  vencer o subdesenvolvimento […], criar empregos dignos e de  qualidade, principalmente para a nossa juventude”, afirmou. 

Daniel Chapo destacou os investimentos em curso na área dos  recursos energéticos, apontando que, nos próximos anos, Moçambique poderá beneficiar de cerca de 50 biliões de dólares  norte-americanos em investimentos nos três grandes projectos de gás  na Bacia do Rovuma. Sublinhou ainda a importância do conteúdo  local e da revisão da legislação para garantir que parte substancial  desses recursos beneficie directamente os moçambicanos. 

Dirigindo-se aos jovens, o Chefe do Estado deixou seis mensagens  centrais, entre as quais a valorização da experiência dos mais velhos,  o empreendedorismo como acto patriótico e a urgência de criar um  novo ambiente de negócios. 

“Vocês são a geração da segunda  independência. Cinquenta anos depois da nossa libertação política, cabe a esta geração conquistar a libertação económica de  Moçambique”, exortou. 

Na ocasião, jovens empresários pediram ao Governo o reforço  institucional ao sector privado nacional, mais incentivos à inovação,  apoio à industrialização e facilitação ao investimento. Garantiram, por  outro lado, estar “organizados, determinados e prontos a fazer a sua  parte” na construção de um Moçambique mais próspero. 

O Presidente da República deixou também uma mensagem de mobilização e esperança:  “Chegou a hora da verdade económica, a hora da segunda  libertação, que é o lançamento dos alicerces para a nossa  independência económica. Vamos dar conteúdo económico à nossa  soberania”.

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