Ainda há incertezas sobre a participação da selecção sénior feminina de basquetebol na janela de qualificação para o Afrobasket 2025, prova que vai decorrer de 2 a 10 de Fevereiro, em Angola. A Federação Moçambicana de Basquetebol necessita de cinco milhões para custear as despesas de viagem e hospedagem, valor do qual não dispõe até agora.
A selecção nacional de basquetebol sénior feminina continua a afinar a máquina com vista a sua participação na janela de qualificação para o Afrobasket da Costa do Marfim. Ainda que sem certezas em relação ao futuro, Nilton Manheira e as suas pupilas vão dando o litro para limar todas as arestas necessárias para uma participação desportivamente condigna em Angola.
Aliás, a motivação continua a ser a nota nos trabalhos que decorrem na capital do país, com o seleccionador nacional a destacar a confiança do grupo. “A preparação está a decorrer da melhor forma possível. O grupo está empenhado e dedicado, e, neste momento, temos de pensar em nós e temos de colocar o nosso trabalho em prática dentro do campo. Conseguindo fazer isso, com ou sem dificuldades, vamos conseguir ultrapassar a selecção da Angola”, disse Nilton Manheira.
Anabela Cossa, jogadora da selecção nacional e uma das melhores, senão mesmo a melhor, triplista do basquetebol moçambicano, afirma que o conjunto está cada vez mais unido e com foco no apuramento para a fase final do Afrobasket.
“Estamos a trabalhar afincadamente e concentradas no nosso foco, que é qualificar Moçambique para o Afrobasket. Vamos encarar o adversário de frente, como tem sido nos outros anos, vamos entrar concentradas do primeiro ao último minuto para ganhar o jogo”, assumiu a jogadora que volta a vestir as cores da selecção nacional, depois de ter estado ausente nos últimos compromissos.
Porém, se no capítulo desportivo há muita motivação, no administrativo há muitas incertezas em relação a esta participação de Moçambique. É que a Federação Moçambicana de Basquetebol ainda não dispõe de fundos suficientes para levar a selecção nacional a Angola.
São necessários cerca de cinco milhões de Meticais, valor que não está disponível nos cofres da FMB, segundo o presidente do organismo que gere a modalidade da bola-ao-cesto no país.
“Estamos com problemas sérios financeiros para podermos deslocar para Angola, porém, temos promessas de apoio para permitir a viagem a selecção. Continuamos a trabalhar, continuamos a pedir, continuamos a bater às portas para ver se conseguimos resolver este problema”, revelou Paulo Mazivila.
Com apenas promessas verbais, Mazivila não dá garantias finais da deslocação da selecção a Angola.
“Neste preciso momento, ainda não temos certeza de nada. Continuamos à espera daquilo que são os apoios, e só nos resta aguardar. Se os apoios não acontecem, Moçambique fica em terra, mas quero acreditar que vamos viajar”, disse o presidente da FMB.
Moçambique e Angola são os únicos países que vão disputar o acesso à prova ao nível da região.