O quarto Presidente da República, Filipe Nyusi, despediu-se, esta manhã, das suas funções com sentimento de gratidão.
Ao fim de uma década ao serviço da pátria, como Presidente da República, Filipe Nyusi subiu ao pódio, na Praça da Independência, para se dirigir aos moçambicanos, no seu derradeiro discurso como Chefe do Estado.
Na sua intervenção, Filipe Nyusi disse que é com respeito e gratidão a todos os moçambicanos, no país e no estrangeiro, que se despede, uma vez que o povo lhe conferiu a grande oportunidade de governar.
Nyusi agradeceu pelo carinho, pelo apoio de todos os que, com ele, mesmo tendo enfrentado condições adversas de governabilidade, souberam liderar os destinos do país.
Filipe Nyusi falou dos desastres naturais que afectaram a econonomia, falou da tensao militar no Centro, do terrorismo que causou mortes e deslocados em Cabo Delgado, da COVID-19 e dos desafios das restrições orçamentais impostas pelos países, como factores críticos de governação. Ainda assim, o apoio popular, dos membros do Governo, do seu partido Frelimo, de líderes da oposição, como Afonso Dhlakama e Ossufo Momade, dos parceiros, das FDS e da SADC foi determinante para que a liderança dos destinos do país prosseguisse com efeito.
Segundo Nyusi, o seu Governo, muitas vezes, fez omeletes sem ovos suficientes.
Filipe Nyusi defendeu, ainda, que o país precisa de “paz e de reconciliação nacional”. Para Nyusi, é fundamental que Moçambique continue a “aprofundar a democracia” e “promova a estabilidade”.