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Ossufo Momade diz que não sabe de nenhum descontentamento de membros

O Presidente da Renamo diz que os órgãos do partido nunca receberam documentos relativos ao descontentamento de membros. Ossufo Momade, desvalorizou o encerramento das sedes do partido e diz que só os órgãos da Renamo é que poderão decidir sobre a sua permanência ou não na liderança da Renamo.

Durante dois dias, a sede nacional da Renamo, na cidade de Maputo, esteve trancada por membros do partido que exigiam respostas ao pedido de realização urgente do Conselho Nacional do Partido.

Num dos dias O País interagiu com Muchador Machava, membro da Renamo e porta-voz do grupo que trancou as portas da sede, que se posicionou nos seguintes termos:

“Fizemos uma carta já há um mês anterior e não acabou de ser respondida a carta. Fizemos a segunda e também não foi respondida. E também a parte física da direcção do partido, ninguém nos aproximou, portanto vimos que até quarta-feira acabaram-nos abandonando e ficamos com a casa”, referiu-se.
Confrontado com o assunto, o presidente da Renamo disse não saber de nenhum descontentamento no seio dos seus membros.

“A Renamo é um partido grande, é um partido respeitado e responsável. A Rename tem os seus órgãos, mas esses órgãos nunca receberam nada em relação a esse descontentamento. Para dizer que nós, como Renamo, estamos cientes daquilo que estamos a fazer, saímos dessas eleições e neste momento estamos a discordar com aquilo que foi o acórdão do Conselho Nacional e estamos de cabeça erguida que nós vamos poder continuar a monitorar até que tenhamos a democracia em dia”, defendeu o líder da Renamo.

Em Manica também houve bloqueio da sede distrital e os membros, incluindo antigos guerrilheiros, exigem o afastamento de Ossufo Momade.

Perante isso, Momade respondeu, dizendo que “nós temos órgãos do partido. Dentro do partido temos órgãos e são esses órgãos que devem decidir. Eu não sou ditador. Aquilo que vai ser a decisão dos órgãos do partido é aquilo que nós vamos seguir.

O presidente da Renamo falava na terça-feira à margem da conferência de imprensa convocada para reagir ao acórdão do Conselho Constitucional.

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