A Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) lamenta a remoção de carris num dos troços ao longo da Linha de Machipanda, no Sistema Ferroviário Centro.
Em comunicado, a CFM explica que se trata de “uma acção protagonizada por ex-trabalhadores da Brigada Reabilitação da Linha de Machipanda (BRLM), que haviam sido contratados no âmbito do Projecto de Reabilitação da Linha de Machipanda”.
Por isso, lamenta profundamente a atitude daqueles concidadãos que “destroem” aquilo que ajudaram a construir só porque entendem que devem ser vinculados para o quadro efectivo, ou ser-lhes paga uma indemnização pelo tempo que estiveram a laborar na BRLM.
Efectivamente, de acordo com o contrato, aquele grupo de trabalhadores foi contemplado no projecto, que findou em Dezembro de 2023, terminando, também o vínculo com a BRLM.
“Assim, concluído o projecto e a Linha de Machipanda inaugurada e estando em funcionamento, a CFM reitera a disponibilidade de voltar a esclarecer sobre o âmbito do vínculo que aquele grupo de trabalhadores tinham com a BRLM”, refere o comunicado.
A empresa aproveita para apelar ao bom senso desses concidadãos, no sentido de valorizarem o contributo que deram para o desenvolvimento do país e diz que novas e mais oportunidades surgirão.
Num breve contacto estabelecido com a CFM, a AIM apurou que decorrem actualmente reuniões com os trabalhadores referidos, assessoria jurídica e recursos humanos da empresa.
“A nossa postura é de evitarmos um braço-de-ferro com aqueles trabalhadores, pois eles podem ter tomado aquela atitude pelo facto de não terem percebido o âmbito do contrato”, disse fonte da empresa CFM.
Questionado sobre a extensão dos danos, a fonte prometeu divulgar logo que a informação estiver disponível.
Com uma extensão de 318 Km, a linha de Machipanda liga o Porto da Beira ao vizinho Zimbabwe.
Esta linha é crucial para a economia do vizinho Zimbabwe e para a região Centro de Moçambique. Existem, ao longo da via, 14 estações e 29 apeadeiros.