A terceira Secção criminal do Tribunal Judicial do Distrito Municipal de Kamubukwana na cidade de Maputo, condenou o cidadão Enoque André Mondlane a uma pena efectiva de quatro anos de prisão e pagamento de uma multa correspondente a dezasseis meses, a uma taxa de 5% do salário mínimo.
A informação foi publicada na página oficial do Hospital Central de Maputo (HCM), dando conta que o arguido vai ser condenado a pagar as custas judiciais e uma indemnização fixada em duzentos mil meticais, a favor da vítima de nome Chabane Branquinho Rafael, pelo agravamento do seu estado de saúde.
O Tribunal acusou Enoque André Mondlane pelo tipo legal de crime de exercício ilícito de funções públicas, corrupção passiva, uso de nomes falsos e falsificação de documentos, todos previstos no código penal.
O indivíduo em causa foi neutralizado no dia nove de Abril do corrente ano, nas Urgências de Adultos (SUR) (Banco de Socorros) do Hospital Central de Maputo – HCM, quando se pretendia fazer passar por Médico.
“As falhas de comunicação, movimentação estranha e deficiente articulação com a equipa de saúde local levantaram fortes suspeitas por parte de outros funcionários”, segundo a informação avançada pelo HCM, através das suas redes sociais, que imediatamente averiguaram a real identidade do indivíduo, o que culminou com a detenção do indivíduo, pela força policial anexa ao hospital.
Quando neutralizado, o falso médico encontrava-se uniformizado e trazia consigo carimbo, livro de receitas e um estetoscópio, instrumento utilizado por alguns profissionais de saúde.
Na ocasião, fazia-se acompanhar por uma das suas vítimas, que segundo se apurou, prometeu-lhe uma consulta de urologia, após o atender numa unidade sanitária da periferia, onde de forma insistente vinha operando.
Perante as autoridades, disse ser um sonho de infância exercer a profissão médica e que todos os equipamentos que trazia foram produzidos no mercado local.