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Frelimo relaciona manifestações com golpe de Estado e interesses externos

O partido Frelimo diz que há um movimento de tirar do poder os partidos que libertaram alguns países do continente africano, através do golpe de Estado e que pode ser o caso de Moçambique. Falando durante uma conferência de imprensa, o partido no poder entende que o país tem recursos naturais que alguns países cobiçam

Foi para pedir que os moçambicanos respeitem a Constituição da República e apelar à calma por parte da população que a Comissão Política da Frelimo convocou uma conferência de imprensa na noite desta quarta-feira, na Cidade de Maputo.

Alcinda de Abreu, em representação da Comissão Política do partido, trouxe o posicionamento face às manifestações e cenários de vandalização em protesto às eleições gerais de 9 de Outubro.

“Moçambique, a nossa bela e amada pátria está a ser vítima, de uma forma atípica, caracterizada por manifestações violentas que estão a semear luto, dor, destruição, aumento da fome e da pobreza no seio da grande família moçambicana”, disse Alcinda de Abreu, porta-voz da Comissão Política da Frelimo.

“São anos de trabalho árduo para se conseguir chegar até aqui, onde chegamos, compreendemos que temos passado por momentos difíceis de crises económicas, financeiras, provocadas por razões internas e externas, aliado ao terrorismo em Cabo Delgado, mas, como moçambicanos, devemos trabalhar em prol do desenvolvimento do país”, apontou.

A porta-voz da trigésima sexta sessão ordinária da comissão política da Frelimo reforçou a ideia do Ministro da Defesa, de que há pessoas com interesse em dar golpe de Estado.

“A Frelimo, como partido que libertou Moçambique do colonialismo, faz parte dos movimentos de libertação nacional, e , hoje, há um movimento de tirar os partidos que libertaram alguns países da África”.

Alcinda de Abreu alertou ainda que o país é rico em recursos naturais que alguns países cobiçam e, como tal, recrutam “distraídos” para provocar a instabilidade no país.

 

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