Médicos e outros profissionais da saúde marcharam, hoje, pelo fim da violência no país e pelo respeito aos Direitos Humanos. O presidente honorário da Associação Médica apelou que as manifestações decorram de forma pacífica e que se desse um basta a violência no país .
O ponto de partida foi a Associação Médica de Moçambique e os profissionais de saúde marcharam até ao Banco de Socorro do Hospital Central de Maputo, com o objectivo de apelar ao respeito à vida e aos Direitos Humanos. Milton Tatia avançou que uma ambulância foi vandalizada ontem, quando levava um profissional de saúde, o que considera muito grave.
Tatia apelou ainda que as ambulâncias não fossem atacadas, pois não são suficientes e são usadas para transportar os doentes. Neste momento de crise, as ambulâncias também são usadas para transportar médicos e profissionais de saúde que devem estar nas unidades sanitárias para prestar assistência aos pacientes.
“Com estas manifestações, nós temos um efectivo de saúde reduzido, pois nem todos conseguem vir trabalhar, estamos a trabalhar com escalas de contingência. Então, é por isso que nós queremos apelar mais uma vez: Chega de violência, vamos resolver pacificamente, porque a violência só vai gerar mais violência”, disse Tatia.
Milton Tatia disse ainda que a manifestação dos médicos não tem nenhuma inclinação política, mas está relacionada com a violência que o país vive. “Nós fomos formados e juramos salvar vidas. Dói-nos muito quando vemos crianças, jovens , idosos a morrerem por conta destas manifestações, além de que as vítimas que não morrem sobrecarregam os serviços de emergência e de trauma”.