O Movimento Democrático de Moçambique fez uma denúncia em relação a uma situação na Escola Primária de Cossore, nomeadamente entre as mesas seis e sete. De acordo com Jamal José, mandatário do MDM na mesa sete da mesma escola, há pessoas que queriam votar sem constarem das listas.
“O único constrangimento que detectámos, ao nível do nosso partido, é que nos foi dado um caderno composto por 230 eleitores. Chegados no terreno, os homens que vieram do STAE aparecem com dois cadernos. Por sinal, um dos cadernos que eles têm é da mesa número sete. Sucede que o presidente da mesa número seis veio informar ao presidente da mesa número sete que os eleitores da mesa seis não podiam ir votar na mesa sete, porque iriam votar duas vezes. Aquilo nos abriu visão”, disse Jamal José, do MDM.
O mandatário do partido do galo acrescentou que “percebemos que o STAE, ao nível distrital, viciou cadernos, iniciando, assim, um ilícito eleitoral”.
Para Jamal José, há certeza de viciação de listas, porque “o próprio STAE, quando foi confrontado, disse para continuarmos a trabalhar e que depois iriam resolver internamente”, questionando os motivos pelos quais não tiveram os cadernos correctos antecipadamente.
Jamal José esclareceu que, “a partir da mesa número um até à mesa número seis, são 800 eleitores para cada caderno, e a mesa número sete é composta por 233 eleitores. Mas quando lá entramos descobrimos um caderno com mais de 400 eleitores. Esse resto, de onde sai?”, questiona, considerando serem “eleitores fantasmas”.
Ademais, Jamal José denuncia ainda que há uma eleitora vinda de um distrito e que não votou por não constar da lista. “Na mesa número um, há uma eleitora que veio de um distrito e a mandatária naquela mesa reportou para mim e ela voltou, não conseguiu votar”, disse, para depois concluir: “Existem eleitores fantasmas que o STAE organizou para votarem nestas eleições”.
Entretanto, em termos de participação dos eleitores em Nampula, concretamente na Escola Primária de Cossore, havia muitos eleitores à espera de exercerem o seu direito de voto e que consideraram que o processo está a decorrer sem sobressaltos.
Já na província de Sofala, concretamente na Escola Primária Amílcar Cabral, localizada no bairro da Munhava, o bairro mais populoso da cidade da Beira, o processo era tido como lento, embora todas as mesas tenham sido abertas às 7 horas.
Na referida escola, os mandatários dos partidos políticos consideraram que o processo está a decorrer normalmente e que ainda não houve nenhum motivo para reclamações. A mesma avaliação foi feita por dois observadores nacionais, que dizem que, em todas as mesas por onde passaram, o processo está a ser tranquilo.
Amir Gulamo, observador nacional, disse, na ocasião, que, “daquilo que vimos nas escolas por onde passámos, a avaliação é boa e está tudo tranquilo. Acreditamos que o eleitorado mudou de mentalidade e estão a fazer deste dia um dia de festa, em que cada um pode votar nos seus candidatos preferenciais, e esperamos que tudo termine sem sobressaltos”.
Por seu turno, Flávia Pacule, também observadora nacional, considera que todo o processo decorre sem nenhuma anomalia. “Já estamos na segunda escola e posso dizer que o trabalho está a sair conforme”.
Os eleitores nesta escola e em quase todas da cidade da Beira chegaram cedo às mesas de voto para exercerem o seu direito de voto.