O assassino do jornalista João Chamusse foi condenado, hoje, a 20 anos de prisão e uma multa de 300 mil meticais, que deverá ser paga à família da vítima.
É o desfecho de um processo que vem desde Dezembro do ano passado, quando o jornalista João Chamusse foi assassinado na sua própria residência. Nove meses depois do crime, um jovem de 24 anos de idade, chamado Elias Dlate é condenado a 20 anos de prisão e multa de 300 mil meticais para a família.
O advogado da família Chamusse diz que foi uma pena justa, visto que “a vida humana é um bem maior, em termos de direitos humanos e direitos fundamentais”. Contudo, não a considera satisfatória.
“Não podemos dizer que seja satisfatório em si, porque este processo, por causa da confissão espontânea do réu, não permitiu melhor investigação subsequente (…) não ficou muito claro quais foram os motivos que levaram a prática deste crime”, lamentou o advogado.
O representante legal da família da vítima acredita que é preciso que seja feita uma nova investigação, para averiguar se as alegações do réu são verdadeiras e se há mais pessoas envolvidas no crime. Contudo, adverte: “isso é um outro processo que pode correr, que pode levar o seu tempo, porque não temos muitos elementos por causa dessa limitação da confissão, que é um verdadeiro retrocesso na área de investigação criminal”.