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Partidos políticos prometem intervir no sector da saúde em Nampula

Foto: O País

Organizações da sociedade civil em Nampula exigem que os partidos políticos assumam, nos seus manifestos eleitorais, compromissos concretos para a área da saúde.

O debate promovido pela Plataforma da Sociedade Civil para a Saúde de Moçambique foi antecedido de um trabalho de campo, no qual foram ouvidos os utentes das 45 unidades sanitárias existentes em Nampula, que levantaram oito assuntos prioritários, dentre eles a falta de água até para as parturientes, cobranças ilícitas, falta de medicamentos, limpeza, falta de ambulâncias, energia eléctrica e serviços de cirurgia para os partos a cesariana.

“Com este documento elaborado, apelamos aos senhores candidatos a governador da província de Nampula, membros da Assembleia Provincial, deputados da Assembleia da República pelos partidos políticos para incluírem no Programa Quinquenal do Governo para o período 2025-2029, caso sejam eleitos”, exortou Leopoldino Lubrino, representante da Plataforma Sociedade Civil para a Saúde de Moçambique.

E, porque os partidos concorrentes estavam presentes ou representados na sala, ouviu-se a visão de cada um.

“O documento prevê mais incremento e incentivo para que haja mais centros e hospitais, na vertente comunitária, que possam atender às coisas do dia-a-dia. E que o sistema público possa concentrar-se nos processos mais complexos em que, normalmente, nem nos sistemas comunitários e muitos menos privados, possam exercer”, disse Isac Jamal, representante da Frelimo.

Por sua vez, Issufo Ulane, representante da Renamo, indicou que este partido, “na sua governação nesta cidade, trouxe duas ambulâncias porque sentiu que havia uma necessidade de estas unidades estarem perto dos cidadãos, sendo que, como membros materiais, acreditamos que conseguimos fazer numa autarquia como Nampula. O país todo precisa de nós com o auxílio do manifesto do cidadão”.

Já o cabeça-de-lista do Movimento Democrático de Moçambique, Fernão Magalhães Raúl, precisou que “devemos diminuir esta dependência externa de importarmos continuamente os cérebros em Moçambique, até porque temos cabeças e capacidades humanas para desenvolvermos esta actividade e nós queremos mitigar este problema através da construção de uma fábrica.”

No debate, esteve, igualmente, o representante do partido AMUSI, Issufo Combo, que, na ocasião, considerou que “vamos tentar minimizar o problema da corrupção, porque vimos que, em muitos distritos, há problemas deste fenómeno”.

O cabeça-de-lista do PODEMOS, Dias Coutinho, defendeu que “criámos um projecto para saúde para limpar esta fase de cobranças ilícitas que dividimos por duas partes, neste caso que são bónus de subsídio para minimizar as cobranças ilícitas.”

Abel Fole, representante da sociedade civil em Monapo, entende que se deve olhar para a questão das vias de acesso, que são “uma lástima”.

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