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PR espera que próximos investidores apostem na indústria transformadora

Foto: O País

O Presidente da República acredita que os próximos investimentos na indústria extractiva farão a transformação dos recursos minerais em Moçambique e redução de exportação em bruto. Filipe Nyusi falava hoje, na província de Niassa, depois de visitar uma fábrica de grafite que está a ser instalada em Nipepe.

Até ao fim deste ano, Nipepe, na província de Niassa, vai contar com uma das maiores fábricas de processamento primário de grafite em África. Orçada em um total de 100 milhões de dólares, a sua construção começou há três anos.

Esta quarta-feira, o Presidente da República visitou o empreendimento e saiu impressionado com a fábrica. “Aqui, vai-se fazer o processamento primário, ainda não o secundário. Primeiro, precisamos de fazer o investimento primário, ter lucros, que dão espaço para isso”, disse.

Uma vez que o investimento é chinês e há falta de indústria transformadora, Nyusi mostrou-se esperançoso em mudanças e garantiu que os próximos investimentos a serem mobilizados estarão direccionados para a “transformação”. “Os próximos que mobilizarmos para cá não vão fazer os trabalhos iniciais, hão-de vir comprar o produto e vão transformá-lo. Acredito que a cadeia de valor cresce assim”, defendeu.

A futura fábrica terá capacidade para processar 200 mil toneladas de grafite por ano e o Presidente espera considerável desenvolvimento social da região e mais encaixe nos cofres do Estado em pagamento de impostos.

“Pagam os impostos, esses que se encaixam para fazer mais obras para o país, e não só aqui. É um crescimento que vai haver, sobretudo o capital humano, e isso vai evoluir.”

Wu Tao, investidor, disse que o destino da produção é todo o mercado internacional. “O mercado são os demais países a nível internacional, e não há nenhum em específico.”

A 30 quilómetros da fábrica de grafite, o Presidente inaugurou uma ponte sobre o Rio Lúrio, que foi financiada em 15 milhões de dólares pela mesma mineradora. É que, sem a ponte, o escoamento de grafite seria feito num percurso de mais de 500 quilómetros que ficam reduzidos com a ponte.

“Esta ponte constitui elemento crucial da viabilização da comercialização agrícola, da promoção do agro-processamento para as regiões de Malema, lalaua e Nipepe, e das ligações com o Porto de Nacala para o escoamento de exportações ou importações.”

O Governo de Filipe Nyusi está no fim, e o ministro das Obras Públicas diz que foi cumprido tudo que estava planificado em termos de construção de pontes neste quinquénio.

“Ainda este mês, vai proceder a uma inaguração de uma outra ponte no corredor da Beira, a ponte sobre o rio Metochira, na província de Manica, e também vai, certamente, proceder à inauguração de uma outra infra-estrutura de capital importância no corredor de Tete, que é a nova ponte alternativa de Revúbuè.”

Ainda esta quarta-feira, o Presidente da República inaugurou tribunais nos distritos de Maúa e Ngaúma.

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