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Sindicato de Jogadores quer mão dura em relação aos atrasos salariais nos clubes

O Sindicato Nacional de Jogadores de Futebol (SNJF) exige que a Liga Moçambicana de Futebol (LMF) tenha mão dura em relação aos clubes que disputam o Moçambola para evitar casos de atrasos salariais, como o que se verifica no Textáfrica de Chimoio.

O Textáfrica de Chimoio atravessa momentos de crise. O clube enfrenta dificuldades para pagar salários aos jogadores, facto que tem motivado várias greves. Os atletas chegaram a ficar quatro meses sem os seus ordenados.

Recentemente, João Chissano demitiu-se do cargo de treinador por falta de condições de trabalho. O Sindicato Nacional de Jogadores de Futebol tem acompanhando o que acontece nos “fabris” do Planalto.

“Estamos contra a ideia da existência dessas situações. Ninguém consegue trabalhar, sobretudo no futebol, sem ter salários e com o tempo recorde de quatro meses. Esse tipo de atitudes coloca em causa todo o esforço que a Liga Moçambicana de Futebol para viabilizar o Moçambola”, adverte António Gravata, presidente da agremiação.

O dirigente e também antigo jogador aponta as possíveis soluções para o resolução do problema para o bem do futebol.
“Alguma coisa tem de ser feita por parte da Liga Moçambicana de Futebol no sentido de garantir que qualqer equipa que participe no Moçambola tenha condições de suportar todas as despesas e, acima de tudo, a responsabilidade de trazer uma imagem boa à prova”, anota o dirigente.

Para António Gravata, só a partir daí é que pode ter mais disposição de ir buscar apoios para tornar a prova ao nível em que se deseja, sem casos desta natureza que, na sua opinião, descredibilizam o Moçambola.

Gravata entende que a facilidade com que as equipas têm de ascender ao Moçambola propicia esse tipo de problemas.

“É preciso que a Liga Moçambicana de Futebol comece a reflectir um pouco e blindar a sua prova. Para tal, é preciso aprovar clubes que, de facto, estão em condições de participarem no Moçambola, clubes que vão começar e terminar sem apresentar uma série de problemas”, alerta Gravata.

A Comissão de Licenciamento de Clubes retirou a licença do Textáfrica de Chimoio, facto que poderá implicar o banimento do clube do Moçambola. O clube já recorreu da decisão. O presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), Feizal Sidat, diz estar preocupado com o cenário que se vive no seio do primeiro campeão de Moçambique independente.

“Esperamos que haja entendimento entre os jogadores a a direcção do Textáfrica de Chimoio, para que possamos terminar o Moçambola da melhor maneira possível, e tal como foi projectado pela LMF”, disse o dirigente.

Alerta que a desistência e possível banimento dos “fabris” do Planalto da principal prova futebolística nacional poderia ter implicações para prova, mormente na tabela classificativa.

 

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