A ministra da Educação, Carmelita Namashulua, garante que o Ministério da Economia e Finanças está a efectuar o pagamento de horas extras em dívida aos professores e que a demora se deve ao processo de verificação da veracidade de cada folha.
O Governo tem falhado no pagamento das horas extras aos professores desde o ano 2022, uma situação que tem forçado esta classe a recorrer a greves, chegando inclusive a paralisar as aulas em algumas escolas.
Esta segunda-feira, a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Carmelita Namashulua, garantiu que os valores já estão a ser pagos pelo Ministério da Economia e Finanças.
“Nós estamos a interagir com o Ministério da Economia e Finanças, temos equipas que trabalham permanentemente e esses valores estão a ser pagos. Nós temos informações semanais do pagamento dessas horas extras”, explicou Carmelita Namashulua.
A ministra explicou ainda que a demora se deve, também, ao processo de inspecção das referidas horas e pede paciência à classe.
“Já estamos no final de acordo com a informação do Ministério da Economia e Finanças. Nós tivemos um encontro, na semana passada, e fomos informados de que estamos na fase final do pagamento das horas extras do ano 2022 e vai iniciar-se o processo de pagamento das horas extras do ano de 2023”, explicou Carmelita Namashulua.
A governante reiterou, outrossim, que o Governo está com falta de 16 mil professores, razão pela qual os já contratados devem cobrir as lacunas.
“Nós não conseguimos contratar professores de acordo com as nossas necessidades. É por isso que temos um défice grande, de 16 mil professores no sistema. Esse défice é que cria essa horas extras, mas o Governo está consciente desse facto”, esclareceu.
Na mesma ocasião, a ministra recusou-se a responder quando é que chegam os livros da segunda classe e ficou nervosa com a imprensa.
Mais calma, decidiu convidar a imprensa ao seu gabinete, onde irá responder a todas as questões na quarta-feira.
“Venham ao ministério na quarta-feira com um role de questões e nós vamos responder”, convidou, Namashulua, a imprensa para esclarecer os factos.
O facto é que, até ao momento, alunos da segunda-classe já estão no segundo trimestre do ano lectivo e sem os manuais de ensino.