A Palestina retomou oficialmente, esta terça-feira, os procedimentos para se tornar um Estado-membro de pleno direito das Nações Unidas, apesar da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.
Palestina decidiu retomar um processo antigo para se tornar Estado-membro das Nações Unidas. Riyad Mansur, embaixador palestiniano junto das Nações Unidas, dirigiu uma carta a António Guterres, secretário-geral da ONU, pedindo ao Conselho de Segurança, do qual Moçambique faz parte, que analise, dentro deste mês, o pedido de adesão que foi apresentado em 2011. Disse, ainda, que foi a comunidade internacional que decidiu criar dois Estados na Palestina em 1947, e que, por isso, é seu dever, juntamente com o povo palestiniano, completar este processo, admitindo a Palestina como Estado-membro. Segundo a Agência France Press, a carta foi recebida pela presidência do Conselho de Segurança e estão a ser feitas consultas bilaterais para decidir o caminho a seguir.
Dos 193 Estados-membros da organização, 139 já reconhecem o estatuto da Palestina como observador nas Nações Unidas. Na semana passada, Espanha, Malta, Eslovénia e Irlanda anunciaram estar prontos para reconhecer o Estado da Palestina e insistiram num cessar-fogo imediato.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, revelou que o seu país prevê reconhecer o Estado palestiniano até Julho, antes de iniciar uma visita a três países do Médio Oriente para abordar a situação em Gaza e o conflito israelo-palestiniano.