Muitas unidades sanitárias da Cidade de Maputo registam enchentes nos últimos dias, o facto é agravado pela eclosão da conjuntivite hemorrágica. Entretanto, no Centro de Saúde Municipal, apesar da garantia de que já está em funcionamento, o cenário é completamente oposto.
Filas enormes e longa espera. O cenário vai de mal a pior em muitas unidades sanitárias nos últimos dias. Isto porque há semanas que o número de entradas aumentou significativamente, nos cuidados de saúde.
No Centro de Saúde de Alto Maé, o cenário fala por si. No Hospital-geral de Chamanculo, encontramos a mesma situação. Enchente.
A explicação para a vaga de enchentes está, em parte, relacionada ao surto da conjuntivite hemorrágica.
“Neste momento tem se verificado uma grande demanda no nosso serviço de saúde, por conta do surto de conjuntivite hemorrágica. Está mesmo acima da média, chegamos a 150 utentes”, explicou Ana Bazar, membro da direcção clínica do Centro de Saúde do Alto-Maé.
O atendimento tarda. Mas a situação de saúde não deixa desistir. O que os pacientes não sabem é que há um centro de saúde municipal, há apenas menos 20 minutos de caminhada, onde poderiam ser assistidos em menos tempo.
A infraestrutura moderna, inaugurada pelo antigo presidente do Município, no último dia do seu mandato, está “às moscas”.
Fora a falta de utentes, a farmácia do hospital está com as prateleiras quase vazias e as obras em curso do lado de fora, semeiam dúvidas sobre o funcionamento da unidade.