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Liga Sasol: Parada de campeãs africanas e jogadoras de selecção na final!

Duas das melhores equipas do panorama do basquetebol feminino travam argumentos, no pavilhão do Maxaquene, num “play-off” da final a melhor de três jogos! É a luta acérrima entre pelo olimpo do basquetebol moçambicano, é a luta pela afirmação de duas colectividades que mais investimento fizeram na contratação de jogadoras nos últimos anos.

Mas é também um momento para o desfile de algumas das melhores intérpretes do basquetebol da actualidade, não fossem elas campeãs africanas de clubes e clientes assíduas da selecção nacional.

Do lado do Costa do Sol, campeão nacional, há, desde logo, a destacar Ingvild “Inga” Mucauro, actual MVP (Jogadora Mais Valiosa da Liga Sasol). É uma jogadora influente nesta formação, tendo, por exemplo, arrancado 21 pontos no jogo 1 do “play-off” da final. No seu percurso, leva três campeonatos africanos de clubes: extinta Liga Desportiva (2012) e Ferroviário de Maputo (2018 e 2019).  É também uma jogadora de selecção nacional, ou melhor, do cinco inicial.

O Costa do Sol conta ainda com Eleutéria “Formiga” Lhavanguane, extremo que ano passado fez parte do cinco ideal da Taça dos Clubes Campeões Africanos (agora com formato de Liga Africana de Basquetebol Feminino), prova realizada em Maputo. Em 2018, quando ainda representava o Ferroviário de Maputo, campeou na Taça dos Clubes Campeões Africanos, depois de uma vitória apertada sobre o Interclube, por 59-56.

Quem também tem experiência e troféus conquistados no campeonato africano de clubes é Amélia Massingue (Macamo antes de casar com Aurélio), ela que se sagrou campeã africana em 2018, em Maputo, e 2019, no Cairo, Egipto, ambas taças erguidas com a camisola do Ferroviário de Maputo. Conta com várias presenças no “Afrobasket’s”.

Leonel “Mabê” Manhique, “coach” do Costa do Sol, já conquistou a competição em 2018 ao serviço do Ferroviário de Maputo, para além de ter sido vice-campeão em 2016 (Maputo), 2017 (Luanda, Angola) e 2022 (Maputo).

Shelsia Rafael, extremo com potencial, fez parte da equipa do Costa do Sol que foi vice-campeã africana, ano passado, em Maputo. Constou do “doze” escolhido por Carlos Ibraimo Aik para o “Afrobasket” 2023, em Kigali, Ruanda.  Benezita Muchave e Sheila Chaguala contam com passagens pelas selecções de formação.

No Ferroviário de Maputo, claramente, há a elencar um naipe de jogadoras que também já experimentaram conquistar vários “africanos” de clubes. A começar, pois claro, pelas experimentadas Odélia Mafanela, jogadora que contabiliza cinco, sendo dois ao serviço do Desportivo (2007 e 2008), extinta Liga Desportiva (2012), Ferroviário de Maputo (2018 e 2019).

A extremo Anabela Cossa foi campeã africana em 2007 e 2008 (Desportivo de Maputo), 2012 (extinta Liga Desportiva) e 2018 (Ferroviário de Maputo). Em 2019, devido à lesão, falhou o “africano” realizado no Cairo.

São, de resto, duas jogadoras com vários “Afrobasket’s” disputados, destacando-se o segundo lugar em 2013, em Maputo, posição que valeu o apuramento para o Mundial da Turquia, em 2014.

Na nova geração de atletas, mas também com historial de selecção de formação e principal, está a base Sílvia “Nana” Veloso, uma das principais unidades do Ferroviário de Maputo. Veloso é, hoje por hoje, uma certeza na selecção principal e tem ainda uma passagem pelo basquetebol colegial dos EUA (Seward County Community College) e University of Cumberlands (Patriots).  Ficou, ano passado, em terceiro lugar na Taça dos Clubes Campeões Africanos.

Cecília Henriques foi campeã africana de clubes em 2018, em Maputo, para além de já ter ocupado a segunda e terceira posições na prova. É uma atleta que representou a selecção nacional, tendo sido vice-campeã em 2013. Rosa Cossa e Flávia Alcino já tiveram passagens pelas selecções de formação, tendo, igualmente, sido convocadas para a selecção principal.

E o que dizer de Nasir Salé, “coach” do CFvM? Foi campeão africano pelo Desportivo de Maputo (2007 e 2008) e extinta Liga Desportiva (2012). Nelito, instrutor da FIBA, já trabalhou fora do país. Ele foi responsável, entre vários títulos ao nível nacional, pela qualificação da selecção sénior feminino para o Campeonato do Mundo de 2014, na Turquia.

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