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Naufrágio em Inhambane: Maioria das vítimas já teve alta

Até ao início da noite de domingo dia do naufrágio a Direcção do Hospital rural de Chicuque que tinha recebido as vítimas do naufrágio confirmou que a maior parte das mesmas já havia tido a alta hospitalar e apenas três ainda se encontravam em observação médica.
Quatro das vítimas segundo o hospital já haviam sido transferidas para o Hospital Provincial de Inhambane.

O ministro dos transportes e comunicações Carlos Mesquita visitou esta segunda-feira as vítimas do naufrágio e foi informado pelo médico Chefe, Naldo Gove que os dados actualizados indicavam que o número de óbitos mantinha-se em 7, mas o número de entradas ao Hospital Rural de Chicuque, tinha subido de 24 para 27 mas que todos já tinham tido alta. Carlos Mesquita visitou depois as vítimas transferidas para o Hospital Provincial de Inhambane, bem como o local, e ainda as famílias quer perderam seus ente queridos na tragedia.
“Estamos aqui para partilharmos a tristeza das famílias e manifestar nossa solidariedade, através do nosso apoio moral” disse o Ministro numa das casas enlutadas

Uma das sobreviventes da tragédia contou ao ministro como tinha conseguido salvar a sua vida. Disse que tudo foi graças a sua vasta experiência com os barcos e que na sua opinião algumas embarcações apresentam muitas deficiências.

 “Quando aconteceu a primeira explosão, ninguém se levantou, apesar de ter provocado uma chama que acabou de se apagar por si própria, mas, na segunda tentativa de arrancar o motor, a explosão foi maior e foi daí que, as pessoas ganharam maior susto, tendo se levantado, e o barco perdeu equilíbrio. Eu estava mesmo no fundo da água quando tentei nadar e consegui sair. Depois de estar minimamente estabilizado verifiquei que, as embarcações não tem corredor, por onde as pessoas devem passar e consequentemente iria diminuir a superlotação que se verifica, para além que, o alpendre, ou seja, a cobertura tem uma altura inferior e também há falta de extintor, para debelar as chamas em caso de incidentes isso, associado a provável falta de manutenção” declarou a vítima tendo advertido às entidades competentes, para a rápida observação destes aspectos e intensificação das medidas fiscalização e outras formas de precauções e segurança.

Outros utentes, que na altura do sucedido esperavam embarcar, contaram com amargura o que os olhos, mesmo tristes, não deixaram de ver. João Alberto, um deles refere que nunca esperou ver uma situação idêntica.
 “Quando ouviu-se aquela explosão o que passou nas cabeças das pessoas, era que se tratava de um incêndio do barco, por isso que as pessoas puseram-se em pânico” afirmou.

A viagem do barco denominado Madrugada teria duração de trinta minutos. Transportava 73 passageiros para o trajecto Maxixe Inhambane. Devido ao pânico e saída precipitada dos passageiros a embarcação desequilibrou-se e virou.

 

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