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92 países não têm políticas de remuneração para licença de paternidade

Noventa e dois países não têm políticas nacionais para que os novos pais tenham remuneração adequada para cuidarem dos recém-nascidos em licença de paternidade. Por outro lado, cerca de 90 milhões de crianças no mundo, com menos de um ano, vivem em países onde seus pais não têm direito a um único dia de licença de paternidade, segundo análise do Fundo das Nações Unidades para Infância (UNICEF).

A Directora Executiva do UNICEF, Henrietta H. Fore, diz que é da responsabilidade dos pais capacitar seus filhos para o desenvolvimento do cérebro.

"A interação positiva e significativa com mães e pais desde os primeiros dias de vida da criança ajuda a moldar o crescimento e o desenvolvimento do cérebro das crianças para a vida, tornando-as mais saudáveis e mais felizes, e aumentando sua capacidade de aprender ", disse Fore.

Quando os pais se ligam aos seus bebés desde o início da vida, são mais propensos a desempenhar um papel mais activo no desenvolvimento de seus filhos.

O UNICEF apela aos governos a implementarem políticas nacionais voltadas para a família, que apoiem o desenvolvimento da primeira infância, incluindo remuneração na paternidade, para ajudar a fornecer tempo para os pais, recursos e informações de que precisam para cuidar de seus filhos.

No entanto, muito trabalho ainda permanece por ser feito. Em oito países do mundo, incluindo os Estados Unidos, que abrigam quase 4 milhões de bebés, não há política de licença de maternidade ou de paternidade remunerada.
Caso de Moçambique

Como resultado das actividades levadas a cabo em prol da promoção e protecção do Aleitamento Materno, em Moçambique 55 por cento das crianças menores de seis meses são amamentadas exclusivamente ao peito.

Ainda não há dados específicos sobre cuidadores e práticas de cuidados de bebés e crianças. Não obstante isso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância congratula ao Governo de Moçambique pelos esforços envidados para o  desenvolvimento de políticas e normas que asseguram o melhor início de vida das crianças.

Recentemente a licença de maternidade para o sector público foi acrescida para um período de três meses, por forma a permitir o aleitamento materno exclusivo das crianças e maior envolvimento de pais cuidando de seus filhos com vista ao melhor desenvolvimento cerebral das crianças no máximo do seu potencial.

 

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