Cerca de 17,2 milhões de moçambicanos vão, às urnas, para eleger o Presidente da República, deputados da Assembleia da República, governadores de província e membros das assembleias provinciais. As províncias de Nampula, Zambézia e Maputo são as que apresentam maior número de eleitores inscritos.
Está-se em contagem regressiva para o dia 9 de Outubro, data em que os cerca de 17,2 milhões de moçambicanos inscritos, tanto a nível nacional, bem como na diáspora, terão de decidir sobre o futuro do país, escolhendo o Presidente da República, Parlamento e as lideranças provinciais, para os próximos cinco anos.
De acordo com os órgãos eleitorais, os eleitores de Nampula, Zambézia e Província de Maputo é que terão o maior poder de decisão, a julgar pelo número de cidadãos inscritos.
É que a província de Nampula, maior círculo eleitoral do país, inscreveu 3 265 572 pessoas, seguida de Zambézia, com 2 862 978 cidadãos.
Em terceiro, lugar está a província de Maputo com 1 569 530 pessoas, números muito próximos aos inscritos em Tete, 1 556 978.
Na província de Cabo Delgado, apesar das dificuldades enfrentadas durante o recenseamento, devido ao terrorismo, 1 403 554 eleitores vão mergulhar o dedo indicador na tinta indelével no dia 9 de Outubro.
A nível nacional, a província de Niassa é a que menos expressão terá nestas eleições, já que apenas foram inscritos 872 186 eleitores, seguida da diáspora, com 333 839.
Para além de Lutero Simango, Daniel Chapo, Venâncio Mondlane e Ossufo Momade, que concorrem ao cargo de Presidente da República, os mais de 17 milhões de moçambicanos terão a missão de formar o próximo Parlamento, votando em um dos 35 partidos políticos inscritos e nas suas respectivas listas.
Sucede que apenas os partidos com assento no Parlamento, Frelimo, Renamo e o MDM, é que concorrem em todos os círculos eleitorais. Se olharmos para as províncias com mais eleitores inscritos, teremos uma visão mais clara.
Em Nampula, para além dos partidos com assento no Parlamento, dos 32 aceites, apenas o PAHUMO, PARENA, PODEMOS, AMUSI e PDM é que concorrem à Assembleia da República e a governadores de província.
O mesmo ocorre na Zambézia, onde concorrem o PAHUMO, PARENA, PODEMOS, AMUSI e PDM.
Um cenário semelhante verifica-se na Província de Maputo, onde temos apenas o MPD, PARENA, PT, ND e PODEMOS.
Uma constatação importante é que o PODEMOS, por exemplo, partido que suporta a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane, só concorre em três províncias: Nampula, Zambézia e Província de Maputo.
Com todos estes actores, números e expectativas, daqui a poucas horas, terão lugar as sétimas eleições presidenciais e legislativas e quartas eleições provinciais, onde são todos os mais de 17 milhões de moçambicanos chamados a exercer, com consciência, o seu direito cívico.