-Nestes 14 anos do jornal O País, o que mais me marcou foram os momentos de transformação. Falo da transformação do jornal semanário para o jornal diário e a cores. Vínhamos de um jornal a preto e branco. Foi um momento de muito entusiasmo, de muito receio, mas também de muita energia para um novo produto que desconhecíamos completamente a dinâmica do seu funcionamento.
Teoricamente conhecíamos, porque já tínhamos percorrido alguns países em busca de experiência, ainda assim tínhamos o receio de trazer esta experiência para nós e implementar. Mas conseguimos, vencemos, passámos de um jornal a preto e branco semanário para um jornal diário e a cores. Mudámos o nosso modus operandi, a nossa forma de trabalhar e foi uma conquista.
– O segundo momento também de transformação foi quando nos últimos anos tivemos o desafio de tornar mais moderno o layout do jornal O País. Também estávamos entusiasmados, fomos olhando para aquilo que estava a acontecer no mundo, foi numa altura em que também queríamos privilegiar a nossa actuação no digital e implicava, também, redesenharmos o nosso site e darmos uma nova imagem.
Tudo isso marcou-me profundamente, porque foram momentos em que descobríamos novas formas de trabalhar e conseguimos dar um passo a frente. Conseguimos melhorar a qualidade visual dos nossos produtos, mas acima de tudo a qualidade do ponto de vista de conteúdo, porque em todos os momentos o conteúdo é rei e exige de nós muita aplicação, muita entrega na sua produção, muito rigor, muita responsabilidade e é com muito prazer que trabalhamos para a nossa audiência.