O País – A verdade como notícia

Há imundície na para da Costa do Sol após as festas

Dois dias depois da chegada do novo ano, a praia da Costa do Sol, na Cidade de Maputo, está imunda. Há focos de lixo por todos os cantos.

As festas de transição do ano podem até ter sido tranquilas, mas o meio ambiente não foi poupado.
Entre garrafas partidas, sacos plásticos, restos de comida, entre outros resíduos sólidos, o cenário de imundície caracteriza a praia da Costa do Sol.

Nostina Rafael dirigiu-se à praia para passar o dia com a sua família e lamentou a situação: “Hoje encontramos a praia muito suja, não há nem lugar para sentar. Há garrafas, restos de comida. Gostaríamos de pedir ajuda para limpar a praia porque a situação não está boa”.
Por todos os lados, há lixo considerado perigoso, por quem por lá passa.

“É um atentado à saúde. Eu trouxe o meu filho para conhecer a praia, mas infelizmente não tem como mergulhar nestas águas porque são imundas ”, lamentou um banhista.

Uma situação que além de prejudicar os banhistas, coloca em causa o meio ambiente. Segundo explicou o ambientalista Rui Silva: “em termos de composição, o vidro é eterno. Qualquer vidro que é colocado nas águas do mar vai permanecer sempre com todos os riscos que isso possa causar ao ambiente e neste caso a vida marinha”.

Na manhã desta quinta-feira vários grupos juntaram-se para tentar deixar a praia limpa, mas porque o lixo é tanto, recolher todo em um dia só, é uma missão impossível.

“Pretendemos estender as nossas acções até ao dia 05 de Janeiro. Depois desta fase, vamos mobilizar mais forças ainda que é para fazer uma limpeza muito mais abrangente. Não é possível fazer cobertura somente em um dia, por isso é uma acção contínua dentro das nossas possibilidades, sempre em parceria com outras instituições”, explicou Maria Uamusse, representante do Instituto Nacional do Mar, INAMAR.

Com quase todos os contentores a transbordarem, os banhistas dizem não ter onde depositar o lixo.

Entretanto, Ester Lúcia sugere que o lixo seja recolhido pelos próprios banhistas.

“Eu acredito que as pessoas que vêm à praia tem sempre um saco plástico. Se cada um metesse o seu lixo no seu saco plástico ia melhorar bastante a limpeza da praia”.

O ambientalista Rui Silva sugere a aplicação de multas aos banhistas que depositam lixo em locais impróprios.

“Que as pessoas sejam multadas se descartarem mal os resíduos sólidos, pois seria uma forma de consciencializar. As pessoas só mudam de comportamento quando são apertadas o bolso”.

Estima-se que sejam recolhidos, mensalmente, na praia da Costa do Sol, cerca d 90 toneladas de lixo.

 

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos