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Vacinação dos profissionais de saúde contra COVID-19 só arranca nos próximos dias

O Ministério da Saúde ainda não está preparado para iniciar a vacinação contra o novo Coronavírus. O ministro do pelouro, Armindo Tiago, fala de 10 dias para concluir a preparação do processo.

As vacinas já estão em solo pátrio, mas o sector ainda precisa de se preparar para começar a vacinação. Neste momento, decorrem etapas que Armindo Tiago considera preliminares.

Segundo o governante, as fases a que se refere envolvem “o envio das vacinas, que já está a ser feito; e a formação daqueles que vão fazer a vacinação nos próximos dias. Todo esse processo deve ser feito em 10 dias. Portanto, no espaço de 10 dias, provavelmente temos condições para começar com a vacinação”, explicou o ministro.

Outro elemento da preparação que Moçambique não acautelou antes de receber a vacina é o respectivo plano. Segundo o titular da Saúde, o documento deverá ser apresentado também nos próximos 10 dias.

Nesta primeira fase, os profissionais de saúde são a prioridade no processo de imunização e já foram identificados, incluindo estrangeiros.

“Não poderemos pôr em parte os profissionais” de saúde estrangeiros que trabalham no país, disse Armindo Tiago, acrescentando que o sector que dirige está “à espera da resposta às cartas enviadas aos seus respectivos países” no sentido de se pronunciar “se aceitam” que os seus profissionais “sejam vacinados ou não”.

As vacinas que Moçambique recebeu da China serão administradas em duas doses com uma separação de 21 dias. Assim sendo, fazendo cálculos simples, compreende-se que até dentro de 31 dias os profissionais de saúde terão sido imunizados.Mas não foi para isso que, na sexta-feira, Armindo Tiago reuniu com os representantes das clínicas.

Foi um encontro no âmbito das exigências da Política Nacional de Saúde, em que o ministro deve arbitrar o Sistema Nacional da Saúde, composto pelos sectores público, privado e comunitário.

Nessa sessão, a COVID-19, como não podia ser diferente, foi um dos maiores pontos de agenda. E por falar do novo Coronavírus, há várias reclamações, segundo as quais, as clínicas estão a praticar preços exorbitantes para o tratamento dos pacientes com a doença.

Armindo Tiago sabe disso e exigiu que o cenário fosse revertido. Ainda assim reconhece que não é possível que as clínicas ajam como os hospitais públicos. “É óbvio que pode haver diferenças, mas não pode haver excessos nessas diferenças”.

Armindo Tiago esclareceu ainda que o sector público está aberto para receber doentes das unidades sanitárias privadas, mas disse que é importante que os critérios de transferência estejam claros para não sacrificar quem merece nos hospitais públicos.

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