Txukela, uma expressão em língua citswa que se traduzida em português significa açúcar, é o título do primeiro álbum da jovem cantora Tchakaze, um nome que por sinal, não veio por acaso. A cantora diz que o nome surge porque pretendia dar um nome neutro ao álbum, mas que ao mesmo tempo, fosse algo que combinasse com as 12 faixas do seu CD e lhe foi proposto o nome “Ulombe”, mas que não lhe agradou. A cantora é descendente de Manhambanes e conta que na sua casa, só falam citswa, aí pegou no “Ulombe” que ficou “Txukela” ambos com o mesmo significado.
Tchakaze diz que mais do apenas entreter as pessoas com música, usa o álbum como uma arma de guerra para combater vários males que afectam a sociedade, e exemplo disso são as músicas Nkata e A Luta Continua, que são uma espécie de chamado para as mulheres serem intolerantes à violência doméstica.
E porque o futuro está nas mãos dos mais jovens, a cantora usa a música “Guitarra de Latinha” para mudar a consciência da sociedade em relação às chamadas flores que nunca marcham que um pouco por todo país vivem sem teto, sem nada pra comer, sem saber o que será do amanhã e sem esperança de trocar essa dor por um futuro melhor.
Dentre as 12 faixas, há uma espécie de amor envenenado, interpretado por Tchakaze e Deltino Guerreiro que de tão forte tornou-se no chodo da cantora. Chama-se Lirandzo la Phoisene, uma música que fala de amor. Tchakaze conta que escreveu a música há pelo menos cinco anos, mas que não sabia com quem poderia cantar, mas numa viagem a Tete para um concerto musical, ela descobriu o músico Deltino e aí teve a certeza que aquela era a voz perfeita para aquela que seria a combinação perfeita de sons melódicos para o Lirando la Phoisene.
Tchukela é para Tchakaze mais que um sonho realizado, pois diz ser um álbum para vida toda, uma vez que além das 12 faixas doces serem boas para o ouvido, são também, perfeitas para educar.
Já no mercado há pelo menos 45 dias, Txukela já vendeu mais de 250 das 500 cópias disponíveis.