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País atinge mais da metade de produção de ouro prevista para este ano

No primeiro semestre deste ano, o país produziu mais de 543 kg de ouro, contra 815 kg que estavam projectados para todo o ano. Estes números representam um aumento, graças ao rastreio e controlo da produção deste minério, que, há pouco, foi implementado no país.

Há três anos que o país regista um aumento considerável na produção do ouro. Em 2019, produziram-se mais de 429 Kg de ouro, contra os 400 kg que estavam previstos.

No ano seguinte, o país esperava produzir 430 kg e a meta fixou-se em 487,9 kg. Em 2021, o aumento na produção do ouro voltou a ser significativo, tendo-se superado a meta, de 550 para 764,5 kg.

Este ano, o aumento poderá ser ainda mais significativo, segundo as autoridades, que esperam produzir 815 kg de ouro este ano. A meta pode chegar a uma tonelada, uma vez que, no primeiro trimestre, se chegou a pelo menos 543,7 kg.

“Nós aumentamos a capacidade de controlo a partir do rastreio que a Unidade de Gestão do Processo Kimberley tem feito a partir da mina para saber quanto produziu e a quem vendeu e reduzimos, assim, o contrabando. Até ao ano passado, só tínhamos duas empresas que faziam exportação de ouro, mas, por causa do rastreio, o segmento é feito a partir da base das áreas de produção. Os produtores pagam imposto e devem mostrar quanto produziram e a quem venderam”, explicou Castro Elias, director-executivo da Unidade Gestão do Processo Kimberley.

Graças ao rastreio, no primeiro trimestre deste ano, foi possível, também, recuperar cerca de 20 kg de ouro não declarado.

Trata-se de 4 kg de turmalina preta, 271 gramas de Turmalina Classe A, perto de 70 gramas de Granada e 12,7 gramas de Refugo de Turmalina.

No primeiro trimestre, houve a entrada de mais dois exportadores e, neste momento, decorrem negociações com mais três exportadores desses minérios.

“Criar facilidade para que todos possam exportar legalmente, pois, quando o fazem, aumentam as divisas no Estado. Esta é a razão que fez com que, no ano passado, tivéssemos a revisão do decreto 25/2015 que resultou no decreto 63/2021 de 1 de Setembro. Fizemos a remoção de barreiras administrativas para o licenciamento, pois, para se ter uma licença, se levava muito tempo, porque havia requisitos que nós analisamos e vimos que não faziam sentido”, justificou Castro Elias.

Em Novembro do ano passado, o país foi admitido para o processo Kimberly, ou seja, passou a ter autorização para exportar diamantes. Entretanto, ainda não se sabe quando será extraída a primeira pedra deste recurso, pois, neste momento, ainda decorrem estudos.

“Neste momento, logo depois da época chuvosa, uma empresa fez-se ao terreno, fez uma prospecção de pesquisa e já está, nesta fase, a fazer um estudo de viabilidade. Há 80 pedidos de licenças de prospecção de pesquisa que estão em curso e encontram-se no Instituto Nacional de Minas para obtenção de licenças. Temos, também, 17 licenças em vigor”, esclareceu o director-executivo.

Sem avançar datas, Castro Elias revelou que, ainda este ano, o país terá, além de Maputo, mais dois entrepostos comerciais para exportações, um na província de Manica e outro em Nampula.

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