Um operador florestal chinês desafia ordem administrativa para retirada da madeira apreendida no seu estaleiro, uma madeira de origem duvidosa, que estava a ser empacotada ilegalmente e em touro, com o objectivo de ser exportada para a China.
Mais um investidor chinês, na área florestal, recorreu a uma força privada armada, que pertence a um outro investidor chinês, para desobedecer a uma ordem administrativa para retirada de madeira do seu estaleiro vendida em hasta pública.
A madeira foi apreendida pelos fiscais da agricultura e do meio ambiente em finais do ano passado, porque a mesma estava a ser empacotada ilegalmente e era de origem duvidosa que depois seria exportada para China.
O mais grave é que a madeira em causa, cerca de 600 metros cúbicos, cortada fora da província de Sofala estava a ser empacotada em touro, nos contentores, violando a legislação que obriga o processamento da mesma antes de ser exportada.
A madeira foi vendida em hasta-pública em princípios deste ano, por cerca de três milhões de Meticais, mas, quando o novo proprietário se fez presente ao local na semana finda, para a retirar, foi impedido pelos seguranças a mando do investidor chinês.
Como solução, tiveram de recorrer à Procuradoria e, esta segunda-feira, acompanhados por agentes da PRM e fiscais com ordens para arrombar o portão, os seguranças abriram o acesso.
A madeira apreendida é do tipo pau-preto e chacate preto.
Refira-se que, em finais do ano passado, um outro explorador chinês usou igualmente uma força privada para impedir a retirada de madeira do seu estaleiro, igualmente vendida em hasta-pública depois de as autoridades terem detectado inúmeras irregularidades no corte da mesma.