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“Moçambique é dos mais vulneráveis à insegurança alimentar”

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A Agência de Notação Financeira Moody’s diz que Moçambique é dos países mais vulneráveis a choques de insegurança alimentar que ameaçam aumentar os riscos de cumprimento dos serviços da dívida pública.

De acordo com a Agência Moody’s os choques de insegurança alimentar estão a ameaçar agravar os problemas críticos da dívida pública nos países da África Subsaariana, em particular Moçambique.

“Nossa análise encontra Moçambique, Ruanda, Zâmbia e Etiópia entre os países mais expostos e vulneráveis. Choques de insegurança alimentar serão uma fonte recorrente de risco de crédito” disse um analista da Moody’s, citado pela norte-americana Bloomberg. A Moody’s justificou que os choques alimentares afectam a qualidade do crédito através de vários canais à medida que uma conta de importação mais ampla aumenta as pressões sobre o saldo da conta corrente e as reservas cambiais. As restrições de financiamento acabam levando à escassez de dinheiro e isso pode levar os países a não cumprirem com os serviços da dívida pública.

A agência explica que o aumento global dos preços dos alimentos e outros impactos da pandemia da Covid-19 e da guerra da Rússia na Ucrânia deram início a uma das piores crises alimentares, em África, e as Nações Unidas estimam que mais de 250 milhões de pessoas no continente estão a passar fome.

Os mercados de títulos de dívida pública em África já estão a dar sinais de alerta, de acordo a Moody’s, havendo indicações de créditos “em dificuldades”, em meados de Março último, no meio da turbulência nos sistemas bancários dos Estados Unidos de América e da Europa.

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