No primeiro semestre deste ano, os casos de malária e diarreias dispararam na cidade de Maputo, principalmente nos distritos de KaLhamanculo e KaMavota, periferia da urbe e onde o saneamento é uma dor de cabeça sem fim à vista.
Água suja e estagnada, capim alto, cheiro nauseabundo, é o problema a que os moradores do bairro da Munhuana, bem no centro da cidade de Maputo, estão sujeitos. Há anos vive-se nesta situação.
As valas de drenagem, que deviam ser para escoar a água das chuvas, têm outra utilidade: nelas, os moradores deitam lixo, águas negras e, por vezes excrementos humanos, segundo conta moradores.
Naquela zona, as lamentações são várias e incluem relatos de morte. Hermínio Baloi diz que, além do mau aspecto do bairro, a água estagnada e o lixo à mistura provocam mau cheiro e mosquitos. Mas os culpados são os próprios moradores.
A directora Municipal Adjunta de Saúde, Emília Cumaquela, explica que há quatro anos que a capital do país não regista casos de cólera. Porém, entende que o fraco cumprimento das medidas de higiene pode ser a causa do aumento de pessoas com a malária e diarreias.
Os problemas que Munhuana enfrenta, sobejamente conhecidos por quem devia ultrapassá-los, assolam igualmente os bairros de Mafalala, Luís Cabral, Hulene, Magoanine, entre outros em Maputo.
Aliás, na época chuvosa, o que se vivesse nesses bairros agrava-se e soluções eficazes tardam chegar.