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Agostinho Langa Júnior, PCA dos CFM: “Queremos entregar um Estádio  da Machava moderno”

O Presidente do Conselho de Administração da Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, Agostinho Langa Júnior,  diz que se tudo correr bem o  Estádio da Machava vai ser entregue em Dezembro do próximo ano, sendo que a infra-estura será moderna e com padrões internacionais. 

O Estádio da Machava, infra-estrutura desportiva que testemunhou momentos inolvidáveis de glória do futebol moçambicano, está neste momento em processo de reabilitação e requalificação. O recinto desportivo viu-se, este ano, riscado pelo Departamento de Licenciamento de Clubes da Federação Moçambicana de Futebol por não reunir requisitos para acolher jogos do Moçambola.  Esta situação forçou o Clube Ferroviário de Maputo a optar pelo campo do Costa do Sol para acolher jogos.  

Dada a dimensão do projecto e importância do Estádio da Machava, a empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique colocou-se na dianteira do processo de reabilitação e requalificação do Estádio da Machava, tal como deu a conhecer o presidente do Conselho de Administração, Agostinho Langa Júnior, durante a cerimónia de tomada de posse da nova direcção do CFM. 

A previsão é que as obras de modernização sejam concluídas até Dezembro de 2024 e, o final do dia, o Estádio da Machava tenha uma nova cara  e seja uma infraestrutura de grande relevo. “O Estádio da Machava é superior ao Ferroviário de Maputo. Por isso, a reabilitação e requalificação do  Estádio da Machava é da responsabilidade da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique. E nós queremos entregar, se tudo correr bem, até o fim do próximo ano um estádio moderno e se calhar melhor que o  Estádio Nacional do Zimpeto”,  disse  Agostinho Langa Júnior durante a cerimónia de tomada de posse da nova direcção do Clube Ferroviário de Maputo.

Agostinho Langa Júnior deixou claro, na ocasião, que a massa associativa do quase centenário clube- o Ferroviário de Maputo completa 100 anos a 13 de Outubro de 2024- tem a sua responsabilidade neste processo, sendo que mesma deve  “valorizar cada centavo que é colocado à disposição do clube”. 

A Empresa Portos de Caminhos de Ferro de Moçambique canaliza um bolo para o apoio dos Ferroviários, através da contribuição por parte dos funcionários. Neste sentido, diz o PCM dos CFM, é fundamental que os dirigentes e sócios saibam valorizar o esforço dos cerca de 6 mil funcionários que contribuem para a existência e sobrevivência dos vários Ferroviários.

“Saibam, todos, e também para os sócios, já agora, os Ferroviários existem  graças aos Caminhos de Ferro de Moçambique.  Não é fruto da contribuição dos sócios que os Ferroviários existem.  Há cerca de seis mil trabalhadores, neste momento, que trabalham nos Caminhos de Ferro e que contribuem com o seu suor para que os Ferroviários existam. Não é fruto da contribuição dos sócios que os Ferroviários existem”, alertou o Presidente da Empresa  Portos  e Caminhos de Ferro de Moçambique.

Sem “espinhas”,  Agostinho Langa Júnior avisou que os CFM não irão hesitar em cortar o apoio aos Ferroviários em caso de não valorização do esforço da empresa que faz uma ginástica financeira para poder apoiar os Ferroviários. Há cerca de seis mil trabalhadores, neste momento, que trabalham nos Caminhos de Ferro e que contribuem com o seu suor para que os Ferroviários existam. Se não souberem valorizar este esforço, nós não hesitaremos em cortar os apoios que damos a qualquer que seja o Ferroviário deste país. Se não souberem valorizar este esforço que a empresa faz, não hesitaremos em cortar o apoio”, avisou. 

Outrossim, o desafio passa por transformar o CFM numa colectividade autossustentável, ou seja, que produza receitas próprias para cobrir as suas despesas. O caminho é irreversível, pelo que Agostinho Langa Júnior frisou que os dirigentes do Ferroviário de Maputo devem arregaçar as mangas e rentabilizar as infraestruturas do clube.

“É necessário que  o clube saiba ir buscar outros patrocínios. Temos muitas infraestruturas. Semana passada, tivemos um encontro com empresários que se mostraram interessados em explorar parte das infraestruturas que nós temos aqui. Nós dissemos sim, avancem. Valorizem estas infra-estruturas, não tenham medo de fazer parcerias. A empresa autoriza que façam isso, mas  não vendem activos do clube e dos Caminhos de Ferro. Busquem mais dinheiro para o clube. E, assim, nós teremos mais disponibilidade financeira para habilitarmos o Estádio da Machava e todos outros campos que os Ferroviários têm no país. E que, realmente, a partir do próximo ano, o Ferroviário seja o primeiro clube neste país.”

A actuação dos adeptos e sócios do Ferroviário de Maputo, criando confusão no final de alguns jogos, não passou despercebida aos olhos do Presidente do Conselho de Administração da Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique. A polícia teve mesmo que intervir, em alguns Agostinho Langa Júnior momentos, para amainar os ânimos dos adeptos. “Não damos apoio aos Ferroviários para alimentarem arruaceiros. Eu fico envergonhado quando vejo gente a fazer confusão, a insultar, partir coisas e partir estádios dizendo que são sócios do Ferroviário”, chamou a atenção Agostinho Langa Júnior.

O palmarés do Ferroviário de Maputo, clube ecléctico, diz muito da sua mística ganhadora. É por isso mesmo que a nova direcção é desafiada a resgatar a veia ganhadora do clube.

“Eu sou Ferroviário antes de começar a trabalhar nos Caminhos de Ferro. Então, quero vos dizer, caros dirigentes, presidente da assembleia, presidente de direcção e os restantes órgãos, por favor ponham o Ferroviário no seu lugar. Ponham o Ferroviário no lugar que merece. Ponham o Ferroviário no lugar que merece. Saibam, todos, e também para os sócios, já agora, os Ferroviários existem graças aos Caminhos de Ferroviário.”

A finalizar, o PCA dos CFM entende que “não faz sentido o Moçambola ter 12 equipas, e metade dessas equipas serem Ferroviário e não conseguirmos ser campeões nacionais. Então, nós temos seis ferroviários e não conseguimos ser campeões?”, questionou. E completou o seu fio de raciocínio: ” Meus caros, nós queremos ver o Ferroviário de Maputo ou um dos ferroviários ser campeão neste país”. 

 

Nova direcção do Ferroviário de Maputo:

 

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Presidente: Ório Benzane;

Vice-Presidente: João Cossa;

Secretário: Valódio Mapsanganhe;

Relator: Dinis dos Santos.

 

DIRECÇÃO

Presidente: Arnaldo Manjate – Coordenação Geral;

1o Vice – Presidente: Deolinda Tembe – Admin. e Finanças;

2o Vice – Presidente: Omaire Gafur – Alta Competição;

3o Vice – Presidente: Adélio Dias – Comunicação e Imagem e Marketing;

4o Vice – Presidente: Samuel Muzime – Infra-estrutura e Património;

António Lourenço Jr. – Secretário;

Mário Manhique – Vice – Secretário;

Carlos Aik – Tesoureiro.

 

CONSELHO FISCAL

Pedro Manguana – Presidente;

Patrício Sitoe – Vice-Presidente;

Márcia Caifaz – Secretário;

Celso Amiel – Vice – Secretário;

Haider Gafur – Relator.

 

CONSELHO JURISDICIONAL

Tomás Nhacale – Presidente;

Mariza Macie – Vice – Presidente;

Vasco Maculuve – Secretário;

Adair Casimiro – Vice-Secretário;

Almiro Langa – Relator.

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