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Comissão de Ética vai analisar compra do MOZA

Perante a alegada situação de conflito de interesses na selecção do seu fundo de pensões para gerir o Moza Banco, o Banco de Moçambique deverá prestar esclarecimentos à Comissão Central de Ética Pública, que vai analisar a decisão nos próximos dias.

Cerca de uma semana depois da controversa decisão do Banco Central de aprovar a proposta da Kuhanha, sociedade que controla pensões dos seus trabalhadores, para assumir a gestão do Moza Banco, o caso chega à Comissão Central de Ética Pública.

O Banco de Moçambique argumentou que os passos dados e que indiciam, para muitos analistas, violação da lei e da ética foram superados por uma decisão superior de gestão, a qual evitou os danos que teriam se notado caso esta solução não tivesse tido lugar.

Não bastou o reforço do seu posicionamento, através de um comunicado para o Banco Central calar a massiva reacção da opinião pública. Agora, estará sob a mira da Comissão Central de Ética Pública, que deverá emitir um parecer brevemente sobre a matéria.

É que a compra do Banco Moza pela Kuhanha levantou questionamentos de possível conflito de interesses do Banco Central, uma vez que a Kuhanha é a sociedade que controla pensões dos trabalhadores do Banco de Moçambique.

O porta-voz da Comissão Central de Ética Pública, Alfredo Gamito, garantiu ao “O País” que foi solicitado o dossier do concurso na compra do Banco Moza para análise do processo.

O Moza Banco estava sob intervenção do Banco Central desde Setembro do ano passado, devido a problemas de liquidez. Como nova gestora, aprovada num concurso que durou oito meses, a Kuhanha deverá recapitalizar o Moza Banco com um valor de 8 170 milhões de meticais.

Na nova estrutura de accionistas, a sociedade Kuhanha detém 80% do Banco Moza, o Novo Banco 10% e a Moçambique Capitais 10%.

 

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